Cyber Citizen Shockman 3: The princess from another world_20240514204556

Review Cyber Citizen Shockman 3: The Princess of Another World (PS4) – Os ciborgues adolescentes evoluíram

Vocês piscaram e a Ratalaika trouxe mais uma aventura dos adolescentes ciborgues. Lançado para Turbo CD em 1992, Cyber Citizen Shockman 3: The Princess of Another World é a terceira entrada nas aventuras de Tasuke e Kyapiko, trazendo uma abordagem bem mais direta que seus antecessores ao gênero plataforma.

Desenvolvimento: Shinyuden 

Distribuição: Ratalaika Games

Jogadores: 1-2 (local)

Gênero: Aventura, Plataforma

Classificação: Livre

Português: Não

Plataforma: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X|S

Duração: 40 minutos (100%)

Não dá nem para descansar

Kyapiko e Tasuke só queriam um momento de paz, mas o dever sempre chama

Kyapiko e Tasuke finalmente conseguem umas merecidas férias, mas elas foram interrompidas por uma nave espacial, que começa a atacar o planeta. A partir daí, o jogo já começa com o personagem selecionado.

Cyber Citizen Shockman 3 é direto ao ponto, assim como o jogo anterior. Ou seja, não há seleção de caminhos ou melhorias, como no primeiro. O tema urbano foi abandonado, dando lugar a ambientes siderais, por causa dos vilões. Isso deu margem a elementos novos, como elevadores, laboratórios, cavernas e até fases nas quais os heróis voam em insetos e escapam de um dragão intergaláctico.

Nem mesmo fantasmas são páreos para os poderes dos Shockman

As melhorias visuais e sonoras em relação aos jogos anteriores é significativa e mesmo com apenas dois comandos, que são saltar e golpear, a jogabilidade também apresenta  aprimoramentos consideráveis. De longe, é o mais divertido de ser jogado da franquia.

Outro ponto bacana é que agora há cenas animadas, dubladas em japonês, para abertura, transição de fases e encerramento. Também vale um destaque para a curiosa tela de créditos, que traz animações específicas para cada integrante do time.

Por mais que Shockman 3 seja superior aos seus antecessores, isso não quer dizer que ele não tenha defeitos. Mesmo com todas as cenas, é um jogo bastante rápido e fácil de ser finalizado.

Apesar de raros, alguns trechos inovam e mudam um pouco o foco da ação

Também aproveito para falar que o jogo poderia inovar mais no quesito jogabilidade. Por se tratar de um jogo da década de 1990, já havia uma série de boas ideias que poderiam ser aproveitadas, como projéteis diferenciados e armaduras. Sim, falo isso pensando em Mega Man X, pois o wall jump, que por acaso ganhou notoriedade neste título, recebeu um tímido destaque em um trecho isolado perto do final da aventura. Uma ótima sacada, mas que poderia ter sido melhor explorada.

Aquele pacote básico e manjado

Nem todo mundo domina o idioma inglês, mas ter legendas já ajuda muito

Como manda a cartilha de todo port da Ratalaika, temos aquele conjunto de recursos que podem ser usados para tornar a jogabilidade mais fácil. Entre eles, estão a possibilidade de rebobinar e acelerar o tempo ao toque de um botão e a possibilidade de salvar a qualquer momento.

Para quem quer curtir o jogo sem preocupação nenhuma, as trapaças podem ser acionadas logo de cara. Há vidas infinitas, invencibilidade e a possibilidade de derrotar todos inimigos com apenas um golpe, inclusive os chefes. É algo interessante, mas tenha em mente que isso deixa o jogo, que já é simples, bastante curto, podendo ser concluído em menos de 40 minutos.

A galeria traz artes conceituais não só dos heróis, mas dos vilões também

Os filtros de tela também estão presentes, agradando quem quer jogar com um aspecto mais retrô, com direito a scanlines na tela e bordas arredondadas, que nem nos televisores de tubo. Outra adição interessante está nas legendas em inglês, pois elas ajudam a dar um entendimento maior nas animações e entender a narrativa que motiva os heróis sempre faz a diferença.

Por fim, a galeria é modesta, mas ajuda a dar um charme para os curiosos de plantão. É possível conferir artes conceituais, o manual completo e até o rótulo do CD lançado na época.

Se os poderes convencionais não resolvem, pilote um robô inimigo

Não é nada que desenvolvedora e publicadora já não tenham feito com uma infinidade de outros títulos, porém, essa talvez fosse a hora perfeita para lançar uma coletânea completa. Aqui mesmo no Jogando Casualmente, eu já analisei o lançamento isolado do primeiro título, enquanto nosso chefinho Jason analisou um compilado do primeiro com o segundo jogo, e agora vem o lançamento do terceiro.

Seria muito mais vantajoso e atraente se os três tivessem sido lançados de uma vez, pois isso uniria todo o legado da franquia em um pacote só. Sem contar como seria bacana contar com as três galerias juntas e poder comparar a evolução da franquia ali na hora. Um ótimo exemplo disso é a coletânea Wonder Boy Anniversary Collection, que traz 21 títulos em uma ótima apresentação da franquia para as novas gerações.

Fechando a trilogia

Sempre é bom relembrar uma franquia antiga, ou até mesmo conhecê-la depois de um tempo, já que muitos jogos ficaram restritos a algum país ou plataforma na época do seu lançamento. Isso não é diferente com Cyber Citizen Shockman 3, que mostra uma evolução bacana em relação aos seus antecessores. Entretanto, talvez como título isolado ele não seja tão charmoso assim. Resta esperar se agora a Ratalaika fará mais uma coletânea, agora englobando a trilogia toda.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Cyber Citizen Shockman 3: The Princess of Another World

7

Nota Final

7.0/10

Prós

  • A jogabilidade é melhor que a dos anteriores
  • Cenas animadas e com dublagem
  • Recursos como save state, rewind e algumas trapaças
  • Inclusão de legendas nas falas

Contras

  • Seria mais interessante se tivesse sido lançado junto com os outros dois jogos
  • Pode ser concluído sem desafio nenhum com as trapaças
  • Poderia trazer mais mecânicas além de só pular e atirar