Klonoa Phantasy Reverie Series Capa

Review Klonoa Phantasy Reverie Series (Switch) – Bons jogos de plataforma estão de volta

Klonoa é um clássico cult do passado que eu nunca tive a chance de jogar, e passou totalmente fora do meu radar naquela época. Quando criança, meus favoritos em termos de plataformas eram Crash Bandicoot (em relação ao PlayStation) e Mario (em relação à Nintendo). No entanto, Klonoa tem uma identidade bastante única e 100% diferente dessas duas franquias mencionadas. Ano depois, temos um retorno desse carinha, através de uma remasterização dos dois jogos intitulados Klonoa Phantasy Reverie Series. Mas, a questão principal é: esses jogos “seguram bem” hoje em dia?

Desenvolvimento: Monkey Craft, BNE Entertainment, Monkeycraft
Distribuição: BANDAI NAMCO Entertainment
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Plataforma, Aventura, Ação
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: PC, Switch, Xbox One, PS4
Duração: 9 horas (campanha)

A aventura começou

Klonoa 1 é um tanto quanto simples demais
Klonoa 1 é um tanto quanto simples demais

Klonoa é um jogo de plataforma com controles simplistas, que consistem em um botão de salto que pode ser segurado para flutuar no meio por uma fração de segundo; e o botão de ataque, que serve como uma forma de capture inimigos e use-os como um impulso para empurrá-lo para diferentes ângulos, ou como uma arma arremessável.

A história do primeiro jogo gira em torno de Klonoa e seu amigo Huepow, e toma um tom mais obscuro depois de uma certa parte. Nosso principal objetivo aqui é libertar nosso mundo Phantomile das mãos de um espírito maligno que está tentando transformar todo o lugar em um mundo de pesadelos. Para isso, teremos que enfrentar chefes e vencer diferentes níveis, além de uma bela variedade de inimigos.

A complexidade no level design demora um pouco a aparecer
A complexidade no level design demora um pouco a aparecer

Os cenários são em sua maioria semelhantes no primeiro Klonoa – estruturalmente falando -, e apenas alguns deles oferecem um fator backtracking (revisitar certos trechos), levando-o a uma chave para abrir uma porta de volta. Por outro lado, na maioria das vezes você vai se pegar matando inimigos usando outro inimigo, jogando-os em algum outro; pulando de penhascos que podem te levar à morte, usando monstrinhos como habilidade de salto duplo para alcançar terrenos mais altos, e etc. Infelizmente, achei o level design bastante repetitivo em grande parte da jogatina, e a única diferença entre eles é a “carinha” dos inimigos e a composição de alguns locais em termos visuais.

Além disso, podemos coletar cristais que nos darão uma vida extra quando coletarmos 100, e também há as peças do quebra-cabeça espalhadas pelo cenário para serem coletadas. O clímax do jogo é definitivamente as lutas contra chefes. Nelas, temos que memorizar seu padrão para evitar seus ataques e ficar de olho em suas brechas, pois assim eles se tornam vulneráveis ​​para que possamos causar danos às suas respectivas barras de saúde.

O segundo Klonoa

Klonoa 2 apresenta mais variação em sua jogabilidade
Klonoa 2 apresenta mais variação em sua jogabilidade

Quanto ao segundo jogo deste duo, não há muitas novidades a serem exploradas aqui. O design de fases é bastante semelhante em comparação ao game anterior, e os comandos seguem exatamente o mesmo padrão do Klonoa original: pule e capture inimigos usando sua habilidade cerne. A principal diferença aqui é provavelmente a quantidade de set pieces (cenas pré-definidas). De vez em quando somos inseridos nessas cenas, como uma que nos manda para o céu enquanto nos seguramos em um inimigo voador. Ou outra em que caímos em queda livre em uma superfície – sem danos.

Em termos de variedade de fases, tem uma que achei super legal e envolvia uma espécie de surf sobre um riacho, então tive que perseguir um inimigo com cara de gato e pegá-lo para vencer a Visão (nome dado às fases), então a história prosseguiu e um cena foi apresentada. Além disso, gostei muito do modo boss rush que é ativado depois de um certo ponto, e isso me permitiu enfrentar mais uma vez aquelas criaturas que eu havia derrotado para ver se conseguia superar meu próprio tempo.

Lutas com chefes são o ápice
Lutas com chefes são o ápice

Além disso, as mecânicas são usadas de forma mais inteligente nesta sequência, como o exemplo de em um momento em que eu tive que enviar um inimigo para outra perspectiva do cenário, depois me atirar lá através de uma espécie de canhão; e então tive que usar isso acabou de enviar o inimigo para um salto duplo e alcançar uma plataforma mais alta. Ou seja, mais raciocínio é exigido aqui.

Além do mais, havia um certo ponto em que eu tinha que usar um inimigo para acertar um alvo que permitisse uma plataforma para eu passar por cima, para que eu pudesse prosseguir no cenário. Mas a questão é que eu não vi o alvo à primeira vista, então tive que explorar um pouco mais a área antes de descobrir como avançar naquela parte específica. Portanto, é notável a complexidade um pouco maior no segundo game.

Boas remasterizações de jogos acima da média

Klonoa não vai “explodir a cabeça” de ninguém, muito menos superar figuras famosas como Mario e seus similares no campo de jogos de plataforma. No entanto, ambos os games proporcionam uma boa quantidade de diversão e eu tive um prazer maior jogando a sequência de Klonoa. Klonoa 1 parece muito básico e demora muito para introduzir novidades ou fazer um bom uso da mecânica principal; por outro lado, Klonoa 2 domina todas as variedades de jogabilidade disponíveis e introduz um modo boss rush, o que é bastante interessante considerando que as lutas contra chefes neste jogo são o ápice da jogabilidade. Mas esteja ciente: se você está esperando complexidade ou algo que nunca foi visto antes em termos de mecânica de jogos de plataforma, a série Klonoa não o deixará de boca aberta.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Klonoa Phantasy Reverie Series

7.5

Nota final

7.5/10

Prós

  • Klonoa 2 é bem superior ao primeiro
  • Boss Rush é bem divertido
  • Lutas com chefes são o ápice da jogablidade
  • Variação de mecânicas é bem aproveitada no segundo Klonoa
  • Gráficos bonitos em relação aos jogos originais

Contras

  • Complexidade demora a aparecer no primeiro jogo
  • O level design é relativamente simples em ambos os jogos
  • Mecânicas no primeiro jogo são bem rasas
  • Co-op é fraco demais