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Review Relayer (PS4) – Um universo de robôs 

Logo à primeira vista, o que vemos aqui são muitos e muitos robôs. Imediatamente me veio à cabeça os gigantescos Gundam e as criaturas de Evangelion. Relayer mistura o combate estratégico com uma história contada em visual novel. A sensação que dá é que os dois elementos não conversam direito, sendo um extremamente divertido e o outro um tanto quanto incômodo. 

Desenvolvimento:  Kadokawa

Distribuição:  Clouded Leopard Entertainment Inc.

Jogadores: 1 (local)

Gênero: RPG

Classificação: 12 anos

Português: Não

Plataformas: PS4, PS5

Duração: Não disponível

Combate em grade

Imagem do combate do Relayer
Relayer traz um combate estratégico muito divertido

Os robôs de Relayer são extremamente bonitos, mas somente aparecem em batalha. A movimentação deles acontece no formato clássico dos jogos de estratégia, com o famoso campo quadriculado. Cada um dos robôs é controlado por uma unidade humana, e possuem classes diferentes, que podem evoluir para outras classes.

Durante as lutas, ao realizar ações, como causar danos aos inimigos, usar habilidades que aumentem atributos, de cura e muitos outros, ganhamos pontos de experiência de trabalho. Pontos estes que podem ser gastos em uma árvore de habilidades, que possui diversas opções, como habilidades passivas, habilidades de combate e aumentadores de atributos. Quando compramos todas as opções disponíveis, podemos escolher entre duas novas classes. As escolhas ficam entre Paladinos, Vanguarda, Ninja, e muitos outros. 

Quanto às armas, há 3 tipos disponíveis: uma espada, armas de fogo, e uma espécie de robô que ataca de longa distância. Cada uma delas tem usos diferentes durante o combate, com vantagens e desvantagens. Particularmente, minhas preferidas eram as unidades com as armas do tipo sniper, já que causavam um grande dano e quase nunca sem tomar contra-ataque. 

A câmera pode ser girada livremente, e isso ajuda uma enormidade, ainda mais quando a tela de comando possuem uma alta sensibilidade, o que me fez perder alguns turnos de forma extremamente idiota. Além disso, cada ação dada em combate tem uma animação esplendorosa. Isso acontece seja usando uma espada, uma habilidade de cura ou seja lá o que for. Mas depois de um tempo, fica meio chato ver a mesma coisa várias e várias vezes. Felizmente há como desligar essa animação, deixando a luta ainda mais dinâmica. 

Por fim, há também como usar um grande golpe que necessita que uma barra seja preenchida. Basta ela estar cheia e usar, e isso é de grande ajuda na batalha contra “chefões”, já que causa um dano devastador. Resumindo, o combate é extremamente divertido, e um dos pontos altos de Relayer, já que a forma como a história é contada, não é tão bacana assim.

Visual… novel?

Imagem da visual novel de Relayer
A parte de visual novel de Relayer é meio monótona.

É 2049, as irmãs Terra e Luna estão em Tóquio, a qual está sendo atacada. Do nada, tudo o que estava no chão começa a flutuar em direção ao espaço. Terra consegue se segurar, mas Luna está com problemas. Ela não tem onde se segurar, mas apenas a mão de sua irmã. Contudo, as forças da Terra se esvaem e a garota observa sua amada irmã voar para o espaço. Esse dia é conhecido como Gravity Loss, ou Perda da Gravidade (em português). Terra ficou devastada e partiu em uma jornada com Yodaka, seu fiel robô. 

A aventura começa realmente em 2051, quando descobrimos mais sobre a existência dos Star Childs, Crianças das Estrelas (em português), que tem a missão de pilotar os Stellar Gear e proteger o universo dos Relayer. 

A premissa de Relayer é muito bacana e parece ser bastante legal. Contudo, a forma como a história é contada, em Visual Novel, não é exatamente divertida. Eu entendo as limitações do formato, no qual os personagens movem pequenas partes do corpo – geralmente a boca. Mas aqui, parece que os diálogos são muito longos, tanto antes quanto após as lutas. Fora esses pontos, nada mais a se queixar.

Guerreando com robozões

Relayer está longe de ser perfeito. Mas é extremamente divertido. A parte da visual novel não é tão legal, mas as batalhas equilibram a balança. O desenho dos robôs com suas particularidades são muito bem feitos e, além disso, os cenários, apesar de serem planos, são também muito bacanas. A parte estratégica é bastante balanceada, com algumas telas tendo obstáculos, e foi uma das que mais me agradou durante a minha jornada. Caso seja fã de franquias como Gundam, dê uma chance para Relayer, pois a possibilidade de gostar é bastante alta.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Relayer

7.5

Nota final

7.5/10

Prós

  • Combate divertido
  • Robôs variados e bonitos
  • Sistema de evolução de personagens muito bem feito

Contras

  • Parte de visual novel não tão divertida