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Review Riverbond (Switch) – Quando o simples não é o suficiente

Equipe armas malucas, colecione skins/peles dos personagens mais inimagináveis, derrote os chefes e avance. Assim é como conseguimos resumir o indie Riverbond da Cococucumber. Apesar de ser um jogo bacana e divertido, a chance de você enjoar da cara dele em um curto espaço de tempo é grande demais. Vejamos juntos o porquê.

Ano: 2019
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Arcade
Classificação indicativa:
Livre
Português: Somente legendas
Plataformas: PC, Xbox One, PS4, Nintendo Switch
Duração: 5 horas (campanha e 100%)

As missões também são “skins” uma das outras, pois todas tem o mesmo fundamento

Lute, avance e… lute de novo e de novo

O jogo possui cerca de 9 fases onde você tem que acabar com uma “renca” de inimigos até chegar no final e derrotar o chefão daquele mundo, e é basicamente isso. Riverbond me lembrou um pouco de Minecraft Dungeons que foi anunciado há algum tempo, digo isso por causa do estilo gráfico e da jogabilidade com a câmera vista de cima. No meio de sua simples missão até o fim da fase também existem alguns personagens com quem você conversa, os quais pensei que me dariam algum tipo de missão extra para cumprir (o que seria divertido), mas me enganei. São apenas falas sem objetivo nenhum que te dão um pouco de pontuação – a qual não serve para absolutamente nada de interessante. Algo aqui que também me remete à Minecraft – desta vez o jogo original sandbox – é a possibilidade de quebrar quase tudo no cenário, mas nada que seja de outro mundo ou que vá te proporcionar mais diversão.

Taí algo que eu não esperava: encontrar personagens de outros jogos kkk

Gráficos bonitos e várias skins

Se tem algo que não dá pra negar em Riverbond são seus gráficos bonitos. Mesmo sendo uma espécie de Minecraft visualmente falando, o jogo consegue se destacar usando seus efeitos de luz e sombra que o fazem ter cara de um trabalho bem polido. Além disso, você consegue encontrar várias skins diferentes pelo jogo que vai de uma rosquinha-humana até mesmo ao Shovel Knight e Juan Aguacate de Guacamelee, fazendo com que você fique curioso e queira virar um colecionador de personagens.

9 fases e todas iguais… triste

Repetições demais

Por mais que existam várias fases diferentes no jogo, a sensação de mais do mesmo em todas elas reina. Tive a impressão de estar jogando sempre a mesma coisa, só que com ambientação e inimigos temáticos daquele mundo. Até mesmo as armas são só skins – temos armas de fogo, lanças, espadas, etc -, e apesar de existirem tantos tipos de armas e, mesmo com a aparência alterada (dependendo do mundo em que você está), elas são usadas exatamente da mesma forma em todo o jogo. O único estímulo que existe é caso você jogue com amigos, e aqui existe um suporte para até 4 pessoas no mesmo console. Caso consiga se aventurar com mais de uma pessoa na tela, o sistema de pontuação serve apenas para dizer que foi melhor no final de uma fase, nada além disso.

Legal! Fiquei em 1º lugar… jogando sozinho e competindo comigo mesmo

Mais do mesmo

Infelizmente o título da Cococucumber tinha bastante potencial para ser um Diablo-like, mas com características próprias. O jogo peca por falta de sistemas de habilidades e progressão, de desafios reais, inventário com itens, uma história real, alguma utilidade para as moedas adquiridas nas fases, e tantas outras coisas que existem num jogo considerado bom. Riverbond é um jogo abaixo da média que serve apenas para te divertir por cerca de 20 ou 30 minutos, depois disso ele não consegue sustentar ou prender sua atenção te fazendo abandoná-lo. Resumindo, você consegue encontrar facilmente algo melhor por aí e sem fazer muito esforço.

Este review foi feito usando uma cópia cedida de ♥ pela Cococucumber

Riverbond

3

Nota final

3.0/10

Prós

  • Visual polido e bem feito
  • Variedade imensa de skins
  • Coop divertido para até 4 pessoas

Contras

  • Repetitivo
  • Sem uma história
  • Pontuação sem propósito
  • Desafio baixíssimo
  • Sem sensação de progressão