sonic frontiers

Review Sonic Frontiers (PS5) – Um grande acerto

Para os iniciados na franquia Sonic, o mais novo lançamento, Sonic Frontiers, é um verdadeiro divisor de águas. Em vez de somente termos telas cujo objetivo é ir do ponto A para o B, agora também temos um mundo aberto para explorar. Com um total de 5 ilhas para serem exploradas, o game diverte bastante, mas fica repetitivo do meio para o final.

Desenvolvimento: Sega

Distribuição: Sega

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação

Classificação: Livre

Português: Sim, legendas

Plataformas: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series S/X, PC 

Duração: 16 horas (campanha)/25 horas (100%)

5 grandes ilhas

sonic em uma câmera diferente
Em Sonic Frontiers, a câmera pode ser um grande empecilho.

Em uma bela e tranquila noite, o Dr. Eggman está andando por ruínas. Lá ele encontra uma espécie de altar e coloca uma tecnologia própria na peça, que libera uma energia avermelhada. Diversas criaturas ancestrais aparecem, mas tudo acaba saindo do seu controle, e o pobre Dr. é sugado. 

Em outra parte do mundo, Sonic, Tails e Samy estão voando em um avião quando chegam as Starfall Island, em sua busca das Chaos Emeralds. Um portal aparece para nossos heróis, que acabam sendo sugados. Depois, quando acorda, o ouriço azul se vê sozinho e uma voz diz que ele precisa encontrar as esmeraldas, destruir os Titãs e trazer a paz novamente. A premissa básica é essa, e pouco depois descobrimos que nossos amigos estão presos em uma espécie de limbo digital. 

É assim que começa nossa aventura. Basicamente temos que pegar anéis, que servem como os pontos de vida, coletar chaves para liberar as esmeraldas e os itens Mnemônicos de cada amigo. Além de pegar itens que aumentam o ataque, defesa através de um dos sábios, enquanto o outro fica responsável por aumentar nossa velocidade e a quantidade de anéis que podemos levar simultaneamente. 

Resumindo, temos que passar pelas ilhas fazendo a “rapa” nos itens que encontramos; derrotar inimigos, que são poucos e quase sem nenhuma variedade; e passar por telas similares aos jogos antigos do Sonic. Isso é necessário para acumularmos as já citadas chaves. Em cada fase há 4 missões disponíveis: completar o percurso, acumular uma quantidade variada de anéis, acumular moedas vermelhas e completar antes de determinado tempo. Além disso, os itens Mnemônicos são usados tanto para aprofundar ainda mais o roteiro quanto para liberar as próximas etapas. 

O mapa também vem completamente escondido. Para liberarmos precisamos fazer um monte de atividades diversas, como chegar a tal ponto antes do tempo acabar, apagar luzes, pular corda, e muitos outros. Então, depois disso tudo, quando juntamos todas as Esmeraldas, vamos enfrentar o Titã no modo Super Sonic.

Corre, corre, menininho

Combate de Sonic Frontiers
Lutar é um dos grandes baratos do jogo.

A primeira ilha traz uma experiência pra lá de fenomenal. Há uma sensação de melancolia, até mesmo dita pelo Sonic durante a aventura, e a trilha sonora ajuda para tal. Mas quando estamos no meio da terceira ilha, tudo fica tão repetitivo que a vontade de fazer os desafios some. Não sei se foi pensando nisso, mas há a pesca.

Durante a aventura, acumulamos moedas roxas. Elas podem ser ganhas também quando acontece a chuva estelar, que traz de volta todos os inimigos derrotados, e juntamos peças de estrela que são usadas em caça níquel. Depois de certa quantidade, podemos usá-las para pescar, e facilitar e muito a aventura.

Cada peixe ou item pescado dá uma quantidade de pontos que podem ser trocados. Assim podemos obter chaves, itens Mnemônicos, que aumentam o ataque e a defesa, e os Kocos (não vou entrar em detalhes desses últimos para não dar spoiler). Assim, caso queira, basta ignorar tudo, juntar umas moedas, pescar e seguir o jogo.

Distribuindo sopapos

Sonic com um grande mapa a frente.
Tudo pode ser alcançado e visitado em Sonic Frontiers.

No começo, Sonic consegue usar seu golpe de bolinha mais famoso, mas pode liberar uma miríade de outros movimentos. Para isso é necessário usar pontos de habilidade, que podem ser obtidos ao derrotar inimigos, ou abrindo baús. Alguns dos poderes incluem uma espécie de contra-ataque quando Sonic é derrubado, uma voadora bem dada, uma série de golpes, e muitos outros.

Lutar contra os Titãs é muito divertido para sentir a evolução do nosso ouriço. No começo temos poucos golpes, e eles causam pouco dano, mas com o tempo ficamos muito fortes e podemos destruir os inimigos mais facilmente. Apesar dessa parte ser bem legal, o jogo brilha mesmo usando as clássicas mecânicas da franquia.

Há muitos ferros para deslizar, lugares para pular, alvos para atingir, e muitos outros que vão liberando no decorrer da jornada. A câmera às vezes mais atrapalha que ajuda, mas quando acertamos aquele pulo e chegamos na plataforma alta, é tudo extremamente satisfatório. A curva de aprendizado é bastante fácil, e até quem nunca controlou o ouriço na vida terá facilidade.

Um divisor de fronteiras

Sonic Frontiers é muito divertido, mas também muito repetitivo. Ficar fazendo a mesma coisa é desgastante. No começo é tudo novidade, mas depois de 10 horas fazendo as mesmas tarefas, fica um pouco complicado de se seguir. Ainda assim, eu o recomendo bastante. A história e o seu desenrolar são muito bons, e particularmente estou ansioso para uma sequência, já que existe muita margem para isso. Os iniciados na franquia vão gostar muito do resultado, e os novatos podem começar a apreciar Sonic e seu universo. Por fim, há legendas em português, então entender a história é bastante simples.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Sonic Frontiers

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Combate divertido
  • Muita exploração e segredos
  • Gráficos excelentes

Contras

  • Repetitivo do meio pro final
  • Câmera atrapalha alguns pulos