Título do jogo

Review Subnautica: Below Zero (PS4) – Dê asas à sua criatividade

Subnautica recebeu bastante repercussão quando foi anunciado tanto para o Xbox Game Pass quanto para o Play at Home gratuitamente. O jogo, entretanto, teve sua primeira aparição em 2013. O conceito de sobrevivência nos games naquele tempo era bastante novo – com jogos como Minecraft em alta -, e Subnautica parecia bonito e interessante, chamando a atenção de vários curiosos. Depois de estar disponível gratuitamente, seu sucesso teve um gigante alcance a ponto da desenvolvedora anunciar uma continuação bastante promissora, chamada de Subnautica: Below Zero.

Desenvolvimento: Unknown Worlds Entertainment

Distribuição: Unknown Worlds Entertainment

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Aventura, ação

Classificação: 10 anos

Português: Legendas e Interface

Plataformas: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X, Switch, PC

Duração: 20 horas (campanha)/30 horas (100%)

Uma nova protagonista em busca de justiça

Robin fora da água, na neve

Subnautica: Below Zero começa três anos após os eventos do jogo anterior, e desta vez a cientista Robin Ayou é a personagem controlável. Inconformada e não satisfeita com a justificativa da corporação Alterra sobre a morte de sua irmã Samantha, a protagonista decide roubar uma nave da empresa e investigar por si mesma no planeta 4546B, começando sua pesquisa na região ártica do planeta e seguindo as orientações das gravações deixadas por Sam.

Depois que mergulhar na água,  inicia-se o modo sobrevivência. Robin precisa se alimentar, evitar o frio para não ter hipotermia e criar novas ferramentas e máquinas com os recursos encontrados, a fim de prosseguir mais a fundo e continuar sua busca. 

Assim como o título anterior, aqui é possível escolher modos de jogo diferentes dependendo de qual for a vontade do jogador, como o Modo Livre, que remove a fome e o frio para focar na história ou o Modo Criativo, que libera criação de qualquer item sem precisar coletar outros itens.

Manual de sobrevivência de Subnautica

usando o Fabricador para criar recursos e eequipamentos

Inicialmente, Robin é bastante frágil e não consegue percorrer grandes profundidades, já que seu tanque de oxigênio é bastante limitado e no fundo o oxigênio é bem escasso. Por isso, seu objetivo é coletar recursos nas redondezas de sua base, como pedras de quartzo, pedaços de metal, fibras de alga e até neve. Após coletá-los, você pode ir até sua base e criar novos equipamentos, recursos novos e até ferramentas bastante importantes, como o reparador, faca para defesa pessoal e até um construtor manual.

Falando no construtor manual, esta é uma ferramenta essencial para seu jogo, pois ela permite criar itens gigantescos e bastante úteis durante a aventura, como meios de transporte novos e principalmente uma base maior, além de todas as máquinas do seu interior, como outro terminal de fabricação inicial, caixa de primeiros socorros, carregadores de baterias e muito mais. 

É possível, inclusive, criar uma fortaleza gigantesca com camas para descanso e recuperação de vida, aquários para exibição de animais capturados no mar e canteiros com plantas. Basta deixar sua imaginação fluir e criar sua “mansão aquática” da forma que quiser.

Diferenças do primeiro jogo

os gráficos e sombras estão um pouco melhores

Em termos de mecânicas, pouca coisa mudou se comparado ao original. Foi adicionado apenas alguns recursos extras e ferramentas novas, como um pinguim-robô que passa por frestas difíceis de alcançar. As principais mudanças estão no resto do jogo, especialmente o fato de existir uma personagem bem mais falante e presente na história, já que em Subnautica não havia muita interação por voz com nenhum ser encontrado. Além disso, agora há uma ótima trilha sonora tocando em boa parte do tempo, para evitar uma sensação de vazio no mundo.

Com exceção de alguns templos, os cenários do jogo são totalmente novos. Nas águas você encontrará cavernas mais brilhantes e bem diferentes em comparação ao primeiro jogo e os locais do lado de fora do mar também são variados, como gelo em neve fofa, cavernas de pedras comuns, cavernas de gelos cristalizados e muito mais. Além disso, os gráficos tiveram uma melhoria perceptível, tendo texturas e iluminação melhoradas em diversos locais do jogo.

Um dos pontos negativos que o jogo infelizmente mantém é o carregamento, que continua grande até mesmo para quem utiliza um console da nova geração. Na geração PS4/XONE, o título continua levando em torno de 1 minuto em seu primeiro carregamento e sempre que for reabrir o jogo, enquanto que no PS5/Series esse valor cai para 15 a 20 segundos. Ainda assim é um número consideravelmente grande, especialmente ao se ver exemplos de outros jogos com gráficos bem mais pesados carregarem tudo em 5 segundos ou menos. Em alguns casos, inclusive, você pode ver elementos com carregamento atrasado enquanto vaga pelo cenário.

Seja livre!

Você pode criar seu boneco de neve

Subnautica: Below Zero traz a mesma sensação inicial do seu antecessor, a princípio pode parecer um jogo entediante, especialmente para quem não gosta de jogos de sobrevivência, porém, basta jogar poucos minutos apreciando os corais e criando o primeiro aprimoramento que o jogo já te prenderá por um bom tempinho sem perceber.

Com isso, você também se sentirá totalmente em casa caso tenha gostado do primeiro título e não terá nada a perder, pois tudo que já era bom foi mantido e o que poderia ser melhorado foi revisto. É um jogo que realmente valeu a pena ter uma continuação com elementos um pouco diferentes, apesar de parecer mais como uma expansão nova do que um projeto totalmente novo.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores.

Revisão: Kiefer Kawakami

Subnautica: Below Zero

8.5

Nota Final

8.5/10

Prós

  • História bem mais elaborada
  • Trilha sonora boa e agradável durante exploração

Contras

  • Carregamentos longos e leves travamentos ainda estão presentes, como o primeiro jogo