Ter um jogo de ação nos anos 90 com temática de um ninja/samurai descendo a porrada em demônios, nunca foi nova. Está aí Joe Musashi que nos trouxe a célebre franquia Shadow Dancer/Shinobi, um marco nos games.
Entretanto, alguns bons títulos podem ter passado despercebidos pelo radar de muitos na época das locadoras. É aí que entra mais uma vez a QUByte, em parceria com a PIKO, para reintroduzir mais um clássico para o público. O compilado da vez é The Samurai Collection, que traz First Samurai (1991, versão do Amiga) e Second Samurai (1994, versão do Mega Drive).
Desenvolvimento: PIKO
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Arcade
Classificação: Livre
Português: Não
Plataforma: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: Sem registro
Vivendo e morrendo pela espada

First Samurai foi lançado no início da década de 90 para Amiga e Atari ST e, mesmo sob a sombra de Shadow Dancer, conseguiu boas críticas pela sua jogabilidade. Logo recebeu versões para Commodore 64, MS-DOS e Super Nintendo. Já Second Samurai, lançado para Amiga e Mega Drive, além de manter a boa jogabilidade, traz visuais mais bacanas e a possibilidade de um amigo se juntar à jornada.
A pegada de ambos os títulos é bastante similar: prosseguimos pelas fases até chegarmos ao final. Para concluirmos nosso objetivo, devemos coletar os cinco símbolos que abrem a passagem para o combate contra os chefes. Só que, se falharmos na batalha, voltamos para o começo de tudo.

Há checkpoints nas fases, que só podem ser acionados com a energia da nossa espada. Se estivermos de mãos nuas, somos obrigados a seguir sem contar com eles. Também podemos coletar comida e saquê para recuperar nossa energia, facas de arremesso e sinos mágicos que nos ajudam a dissipar chamas e liberar passagens.
O primeiro jogo tem que ser concluído de uma vez, então boa sorte para quem gosta de um desafio mais “raíz”. Já a sequência, traz o benefício de continuarmos com o uso de passwords.

Como já é um padrão estabelecido pela PIKO, temos à disposição filtros de tela para emular uma aparência mais nostálgica, e a liberdade para remapearmos os botões da maneira que mais acharmos adequada.
Eu também mantenho meu padrão de continuar achando uma tremenda mancada trazer um jogo clássico desse porte sem dar uma incrementada no pacote. Sempre vai bem aquelas informações extras e galerias.

Entretanto, também tenho que dar os méritos de que, pelo menos comparando com alguns outros títulos do selo QUByte Classics que pude jogar, The Samurai Collection é uma das escolhas que melhor envelheceu nesses 30 anos de existência, tanto visualmente quanto em matéria de mecânicas.
Como um bom vinho
The Samurai Collection pode ter jogos com três décadas de vida, mas eles não deixam nada a desejar a diversos outros títulos atuais que gostam de trazer inspirações do passado para o futuro, porém, com look retrô. Então porque não dar uma chance para um concebido naquela época? Mas ainda assim, tá na hora de dar uma quebrada nesse molde e inovar, nem que seja nos menus. Né?
Cópia de PS4 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong