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Review They Always Run (PS4) – Vai uma mãozinha aí?

Caçadores de recompensa sempre foram conhecidos por terem uma série de recursos escusos a seu favor: equipamentos proibidos, armamento pesado, veículos com alterações que não foram licenciadas… enfim: um arsenal de trapaças. Aiden, o protagonista de They Always Run, conta com um terceiro membro automatizado, para capturar suas presas e receber seus gordos pagamentos.

Desenvolvimento: Alawar  Entertainment

Distribuição: Alawar Entertainment

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação, Arcade, Plataforma

Classificação: Livre

Português: Não

Plataforma: PC, PS4, Switch, Xbox One

Duração: 5.5 horas (campanha)/7 horas (100%)

Se correr vai ser pior

Um braço é pouco, dois é bom, mas três é o ideal

O nome do jogo, que em tradução literal fica “eles sempre correm”, já dá uma pista de como tudo se desenrola. Aiden percorre fases em busca de pessoas procuradas, que se escondem nos confins do universo para não serem alvo do caçador. 

No meio do trajeto, alguns guardas e capangas tentarão nos atrasar, mas é aí que entra em ação nosso terceiro braço. Ele é vital para o combate, nos ajudando a contragolpear ataques frontais e a eliminar alguns desavisados na melhor maneira stealth. Também é possível utilizá-lo para disparar o revólver em qualquer direção, até mesmo na nossa retaguarda.

A dose de ação é boa, intercalada com sessões de plataforma que envolvem escaladas, grades e uma boa dinâmica de elementos escondidos, como interruptores e baús. Porém, com o tempo tudo acaba se tornando um pouco repetitivo. O mesmo vale para as batalhas contra os chefes, que sempre envolve esperar as diversas investidas deles, revelar o ponto fraco e atacar repetidamente. 

A caçada aos bandidos sempre rende boas recompensas

Ainda assim, tudo se desenrola de maneira bastante natural, e poder melhorar as habilidades e equipamentos de Aiden sempre dá um tempero extra na caçada. Ao juntarmos uma graninha espacial, podemos aumentar a energia do protagonista, a sua força e a do seu membro extra; além de ser possível melhorar o alcance e a quantidade de projéteis que nossas armas disparam, e até comprar um gancho para nos dar mais uma mãozinha na hora de atravessar longos vãos – e, sim, o trocadilho foi intencional.

Uma galáxia bem exótica

Além de um membro mecânico, Aiden conta com mais alguns apetrechos bem úteis

O estilo artístico de They Always Run traz um ambiente espacial cheio de máquinas, destroços e cantos escuros, que evoca bastante a aura de Star Wars. Essa escolha é muitíssimo acertada e combina com toda a trama, que, por si só, não é muito criativa, mas pode contar com esse elemento para manter o seu charme.

Outro ponto forte é a maneira clichê que Aiden se porta. Seu humor ácido e conversas constantes com o seu assistente rendem boas piadas e diversas referências. Por fim, a trilha sonora cumpre o seu papel, parecendo que foi feita para uma caçada intergalática, com riffs de guitarra e harmonias fortes.

Três mãos para uma recompensa só

They Always Run é, sobretudo, uma diversão honesta e criativa. Mesmo se repetindo um pouco na jogabilidade, as suas outras características ajudam a quebrar um pouco essa sensação, entregando uma aventura que vale a pena investir algumas horinhas.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

They Always Run

8

Nota Final

8.0/10

Prós

  • Momentos de ação são bem feitos
  • Ótimos trechos de plataformas
  • Belos visuais
  • Aiden é uma figuraça

Contras

  • A jogabilidade pode deixar tudo um pouco repetitivo