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Review Wargroove 2 (Switch) – uma boa sequência, com poucas novidades

Wargroove 2 é uma continuação do ótimo RPG de estratégia lançado em 2019. Essa sequência é basicamente um incremento ao jogo anterior, com os mesmos visuais mas com a inclusão de novas unidades, comandantes e campanhas, além da adição de um modo roguelike. Quem gostou do primeiro jogo irá apreciar esse novo lançamento, e novos jogadores podem também começar por Wargroove 2.

Desenvolvimento: Robotality
Distribuição: Chucklefish
Jogadores: 1-4 (local e online)
Gênero: RPG, estratégia
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Switch
Duração: 16 horas (campanha)

Um ótimo RPG de estratégia por turnos

O jogo oferece bastante qualidade de vida durante as batalhas, sendo fácil de fazer o que se quer
Os cenários por vezes podem se tornar caóticos

Assim como seu antecessor, Wargroove 2 é um RPG tático nos moldes da série Advance Wars. O modo principal são as campanhas para um jogador, em que diferentes cenários são apresentados e você deve cumprir os requisitos para vitória, que geralmente consistem em derrotar todas as unidades ou apenas o comandante do time adversário. É um tipo de RPG de estratégia em que não há elementos que passam de uma batalha para outra – isto é, não existem níveis, experiência, itens e afins que você pode conquistar e aprimorar suas unidades. Você inicia cada missão com as unidades designadas para ela e deve vencer dessa forma.

Existem quatro campanhas principais, que contam uma mesma história de diferentes pontos de vista. Não é necessário ter jogado o primeiro Wargroove para entender a história, mas personagens e eventos do primeiro aparecem ou são referenciados. Inclusive, Wargroove 2 se assemelha muito ao primeiro, para o bem e para o mal. O visual, ritmo e aspecto geral do jogo são idênticos ao primeiro, com novidades incrementais adicionadas aqui e ali que dão apenas uma leve mexida na fórmula.

Pense estrategicamente ou pereça

No modo portátil é possível jogar com zoom, focando apenas na parte principal da ação
Os gráficos são bonitos e muito bem animados, seja nos mapas ou nas batalhas

Trata-se de um SRPG típico: você e o adversário possuem um determinado número de unidades para combate, além de construções que podem ser utilizadas para criar novas unidades ou gerar dinheiro. Você faz uma ação com cada unidade durante seu turno, e então passa a vez para o adversário, e assim repetidamente até a vitória ou derrota.

As unidades possuem diferentes propriedades: atacam de perto, de longe ou apenas determinado tipo de unidade ou estrutura, variam na sua mobilidade, podem ser aéreas, terrestres ou marítimas, etc. Em resumo, Wargroove realmente força o jogador a pensar estrategicamente para vencer cada batalha, escolhendo as unidades e as ações que farão a diferença entre vencer ou perder o cenário. As unidades são apresentadas aos poucos ao longo das campanhas, de forma que o jogador consegue se familiarizar com elas e incluir em suas estratégias.

Poucas novidades, mas bem-vindas

Cenários marítimos, por exemplo, são apresentados apenas em partes mais avançadas do jogo
Há uma grande variedade de cenários, unidades e comandantes

Dentre as novidades dessa sequência, além das novas campanhas, temos uma nova facção, cinco novas unidades, quatro novos comandantes e novos grooves (ações especiais exclusivas de cada comandante). Em termos de modos de jogo, a novidade é o modo conquista, que é essencialmente um modo roguelike. São pequenos mapas gerados aleatoriamente com poucos inimigos para serem vencidos, além de fases para comprar itens e outras opções. As unidades têm morte permanente, e você vai indo de cenário em cenário até vencer um chefe. É um modo bem feito para quem gosta desse estilo, mas pode ser apenas ignorado por quem não se interessar.

Outra novidade é que a avaliação do seu desempenho nas fases, em estrelas, agora é feita atingindo objetivos específicos em cada mapa, ao invés de considerar apenas o número de turnos gastos para vencer, como no jogo anterior. Isso adiciona elementos interessantes para quem quiser um maior desafio, mas as estrelas não tem nenhuma serventia para desbloquear algum conteúdo, ao contrário do primeiro game. Ainda nessa seara, vale mencionar que o jogo pode ter mapas com um desafio considerável, mas é possível personalizar diversos aspectos da dificuldade, de forma a manter o jogo prazeroso para o nível que cada jogador desejar.

Modos multiplayer e criação de mapas

De qualquer forma, esse modo mostra como a engine do jogo é versátil
Modo Conquista é a maior novidade do jogo, mas pode não interessar a todos

Há também os modos multiplayer. Existe um editor de mapas, onde é possível criar mapas multiplayer ou campanhas e jogá-las localmente ou compartilhar online. O modo multiplayer pode ser local ou online, em mapas criados pelo jogador, pela comunidade ou nas fases das campanhas. Existem diversos mapas da comunidade disponíveis online, mas durante esse review, ainda não havia nenhuma campanha acessível.

Vale mencionar que alguns elementos do primeiro jogo não chegaram a essa sequência. Mapas foram removidos do multiplayer e não há mais o modo arcade e puzzles. As ausências causam estranhamento, dado que esse é um jogo muito parecido com o anterior. De qualquer forma, aqui temos novidades, e de certa forma isso diferencia os dois games, sendo que o primeiro segue sendo também um ótimo jogo – boa parte desse review vale igualmente para o primeiro Wargroove.

Mais do mesmo, mas pode estar tudo bem

Wargroove 2 é um bom RPG de estratégia por turnos, mas que parece por vezes uma expansão do primeiro título. Dado que Wargroove é um ótimo jogo, essa sequência também vale bastante a pena, apesar de não ter nenhuma novidade grandiosa.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Wargroove 2

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Unidades variadas
  • Campanhas desafiadoras e divertidas
  • Bonitos gráficos pixelados

Contras

  • Poucas novidades em relação ao primeiro jogo
  • Alguns conteúdos não voltaram na sequência