Lançado originalmente em 2015, Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament chega para os consoles da geração atual com todos os conteúdos extras disponíveis anteriormente. A franquia consiste em uma série de jogos que misturam diversos elementos do folclore chinês com um combate que traz o RPG como base principal. Mas será que essa combinação funciona?
Desenvolvimento: Domo Studio
Distribuição: EastAsiaSoft
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Ação, Aventura
Classificação: 12 anos (conteúdo sexual, linguagem imprópria, violência)
Português: Não
Plataformas: PS4, PS5, PC, Xbox One
Duração: 20 horas (campanha)/46 horas (100%)
Um conto chinês
A história nos mostra como o Imperador de Jade conseguiu abrir os portões do céu e permitiu que qualquer ser humano digno obtivesse poderes divinos, desde que ajudasse na busca de sua filha desaparecida. Contudo, diversas pessoas mau-caráter abusaram desse presente, o que fez com que mundo caísse no mais profundo caos e forçasse o fechamento do portão. Isso fez com que os humanos ficassem fadados à própria sorte, sem nenhuma ajuda divina. Nosso protagonista é o guerreiro Sikong Yu, cuja missão será unir os reinos antes que uma catástrofe ainda maior aconteça.
Toda a premissa de Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament é extremamente interessante, ainda mais se levarmos em conta que muito do folclore chinês é usado na sua construção, mas como sua execução não é tão boa quanto poderia ser. As cenas cinematográficas são datadas, e depois de um tempo ficam um tanto maçantes.
Uma coisa que causou estranheza, muito devido à falta de costume com o idioma, foi a dublagem em chinês. Outro ponto que não ajudou muito a acompanhar a aventura foi o fato de haver apenas legendas em inglês. Então, apesar da história ser bastante interessante, meu interesse se esvaiu no meio da aventura.
Hora do combate
Explicando em miúdos, a sensação que dá ao jogar Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament é a de estar jogando um daqueles MMORPGs que fizeram muito sucesso em meados de 2010 – e isso é bom. Os mapas são razoavelmente grandes, e com muitos baús para serem descobertos, isso sem falar nos inúmeros inimigos na tela. Basta encostar em um deles ou dar uma pancada, e o combate se inicia.
Nas lutas, controlamos até 4 personagens, mas sempre um por vez. Alternar entre os membros do time é a chave para vencer alguns chefões, já que eles possuem diversas magias elementais diferentes. O combate acontece, basicamente, em tempo real. Basta esperar a barra de ação se encher e assim definir o golpe que será usado. Particularmente, achei o combate extremamente satisfatório e divertido.
As lutas normais são fáceis, e quando enfrentamos um chefão, é necessário ter uma estratégia básica para vencê-lo. Ou seja, lutar contra tudo que se encontra pelo caminho não é um fardo como alguns jogos. Muito disso se deve, principalmente, ao excelente sistema de criação de itens.
Nos muitos vendedores da cidade, podemos comprar receitas de equipamentos, e então basta ter os itens e criar novas peças. Simples, rápido e funcional. Esse sistema é ótimo para deixar nossos personagens cada vez mais fortes, e assim vencer os desafios.
Dualidade
Por um lado, o combate de Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament é extremamente divertido e, sem sombra de dúvidas, é o ponto alto do jogo, embora a forma como a história é contada seja um tanto quanto maçante. Se somarmos esse fato com a falta de legendas de português, temos um ponto negativo forte. No geral, os gráficos deixam um pouco a desejar, mas compensa por ter alguns dos cenários mais bonitos que já vi em um jogo. Vários foram os momentos em que parei para contemplar o que via.
Em resumo, Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament possui seus pontos altos e baixos, e serve principalmente como aquele jogo para se aventurar sem ficar muito preso à história ou ao combate. Recomendo o game para quem gosta de combates em turnos em tempo real, mas caso esse não seja seu gosto pessoal, passe bem longe.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro