Capa do Fast Food Simulator.

Preview Fast Food Simulator (PC) – O caos na cozinha

Se tem um gênero de jogo que nunca sai de moda, é o de simulação. Seja gerenciando fazendas, lojas ou restaurantes, sempre existe aquele prazer especial em ver um negócio crescer com nosso esforço. Fast Food Simulator traz essa mesma proposta, colocando o jogador no comando de uma lanchonete cheia de tarefas e clientes famintos. Mas será que o jogo realmente entrega uma experiência imersiva ou é só mais um pedido errado no drive-thru?

Desenvolvimento: No Ceiling Games
Distribuição: No Ceiling Games
Jogadores: 1 (local) e 1-6 (online)
Gênero: Simulação
Classificação: 18 anos (violência extrema, linguagem imprópria, drogas lícitas)
Português: Interface e legendas
Plataforma: PC
Duração: Sem registros

Fritadeira ligada, chapa quente

Tela de início do jogo

No controle de um aspirante a empreendedor do fast food, o jogador assume todas as responsabilidades de um restaurante. No começo, você está sozinho, tendo que anotar pedidos, preparar os hambúrgueres e ainda manter o ambiente limpo. O desafio maior é antes do nível 5, quando você ainda não tem NPCs desbloqueados para ajudar na correria.

A jogabilidade é fluida e responsiva, com minigames intuitivos para cada etapa do preparo. Fritar batatas, montar sanduíches e encher copos de refrigerante são tarefas simples, mas muito satisfatórias. Conforme você sobe de nível, novos ingredientes e equipamentos são desbloqueados, tornando a rotina mais variada.

Um dos detalhes mais realistas é o sistema de compras: você adquire ingredientes em um computador e precisa descarregar as mercadorias quando o caminhão de entrega chega. Ah, e não esqueça de guardar a carne na geladeira, senão ela desaparece no dia seguinte!

Além do atendimento tradicional, o jogo também conta com um drive-thru, mas ele só fica disponível no nível 15. E sim, você poderá contratar mais NPCs no futuro, mas por enquanto, os únicos disponíveis são os garçons de atendimento e limpeza, liberados no nível 5. O caixa e o repositor? Bom, esses ainda vão chegar em futuras atualizações.

Muito trabalho, poucos tutoriais

Minigame de fritar hambúrguer.

Se você é fã de simuladores, vai se virar bem. Mas para iniciantes, a curva de aprendizado pode ser frustrante. Os tutoriais cobrem apenas o básico do jogo, deixando você na mão conforme novos pratos são desbloqueados. Clientes sempre pedem os itens assim que ficam disponíveis, e se você não tiver comprado os ingredientes certos antes, vai se enrolar. O jogo poderia ter um aviso sobre isso, mas no momento, a solução é prestar atenção nos pequenos post-its espalhados pela lanchonete, que contêm tutoriais em vídeo.

O multiplayer parece ser um diferencial divertido, mas não foi testado nesta análise. De qualquer forma, o jogo claramente aposta na cooperação online para manter a experiência interessante.

Entre hambúrgueres e bandejas flutuantes

Visão do restaurante.

Visualmente, Fast Food Simulator impressiona pelos detalhes. Texturas bem trabalhadas, boa iluminação e uma fluidez excelente (rodando a 144 fps em 1080p nas configurações altas) garantem uma experiência agradável. Mas nem tudo são flores: alguns bugs, como garçons carregando bandejas invisíveis (ou melhor, flutuantes), quebram um pouco a imersão.

O maior problema está na parte sonora: o jogo não tem trilha sonora, apenas sons ambientes de fritadeiras, passos e murmúrios dos clientes. Se você curte um fundo musical para dar ritmo ao trabalho, pode sentir falta desse elemento.

Vale a pena?

Fast Food Simulator tem potencial e pode ser uma ótima escolha para jogar com amigos. A progressão e a variedade de tarefas mantêm o jogo interessante, mas ele ainda precisa de refinamentos para não se tornar repetitivo rápido demais. O modo single player pode ser desafiador no começo, mas melhora conforme você desbloqueia os NPCs. Se você gosta de simuladores e tem amigos para jogar junto, vale a pena testar. Caso contrário, talvez seja melhor esperar algumas atualizações antes de fazer seu pedido.

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro