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Review Edna & Harvey: The Breakout – Anniversary Edition – Fugindo do hospício

Edna & Harvey: The Breakout – Anniversary Edition teve seu primeiro lançamento feito pela Daedalic Entertainment em 2008 com a proposta de ser um Point and Click para PC. Seu lançamento foi um sucesso e se tornou um jogo de aventura premiado. 

Em 2019, a desenvolvedora fez uma edição especial de aniversário deste título. Será que valeu todo o trabalho?

Desenvolvedora:  Daedalic Entertainment

Edição: Daedalic GmbH

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Aventura, Puzzle

Classificação indicativa: 12 anos

Português: Não

Plataformas: Switch, PS4, Xbox One e PC

Duração: 7 horas e meia (Campanha)/11 horas (100%)

O que tem de novo?

Nesta nova edição, o jogo foi totalmente repaginado com um visual novo que, na minha opinião, ficou lindíssimo e não perdeu a essência do anterior. Agora tem a qualidade em HD e foi muito bem adaptado para os controles de console.

Um ponto interessante é que a desenvolvedora deixou liberado para você alternar entre a edição clássica de 2008 e a edição nova nas configurações do jogo. Para quem já é fã do título isso pode ser bem nostálgico. 

Eu usei bastante esse switch de edições pois tive a curiosidade de ver como o jogo foi trabalhado na arte, nos movimentos da Edna, nos cliques e nas formas que os personagens faziam as ações naquela época. 

Posso dizer que a edição de 2008 tem muita personalidade, é muito engraçado os movimentos dos personagens e a jogabilidade estava mais bem feita.

Por que “The Breakout“?

Edna, como personagem principal da história, está presa em um hospício e o seu objetivo é se libertar deste lugar. No início ela não se lembra quem ela é e nem sabe onde ela está, mas tem claro em sua mente que ela deve sair desse lugar. 

Ela tem um melhor amigo chamado Harvey – um coelho de pelúcia – que a acompanha em todo lugar, todos a consideram louca por conversar com a pelúcia. Entretanto, para Edna, o coelho a responde e ajuda a recuperar a sua memória. 

Antes de mais nada eu preciso dizer que Harvey é uma peça importante no jogo pois com ele Edna consegue voltar no tempo. Assim, conseguimos o seu ponto de vista da história, entender a personalidade dela e ganhar novas habilidades para solucionar desafios.

Ações até não poder mais

Assim que comecei o meu jogo fiquei apaixonada pelo novo visual e as vozes dos personagens, que são muito caricatas. Me diverti muito lendo os diálogos cômicos. 

Ao avançar na história de Edna & Harvey, eu queria conhecer mais sobre a Edna e queria entender os motivos pelos quais ela está aprisionada. A história me prendeu e tive vontade de continuar e conversar com cada personagem que aparecesse na minha frente.

De certa forma, o jogo é um point and click e cada lugar que havia um clique eu mapeei 5 ações que são possíveis fazer: 

  • Conversar: Edna pode pensar alto ou inicia um diálogo;
  • Olhar: levantar uma observação sobre o clique, ela pode te ajudar a entender melhor sobre o próximo movimento que você pode fazer;
  • Pegar: pegar objetos e guardar no inventário;
  • Tocar: realiza ações de abrir e fechar objetos, acender ou apagar a luz, entre outros;
  • Acionar item especial: você utiliza qualquer item que está guardado no seu inventário;

Parece ótimo a vasta opção de ações que têm para utilizar mas isso mais me atrapalhou do que me ajudou. Em um cenário novo eu ficava curiosa com todas as possibilidades que eu poderia fazer e em cada clique eu fazia as 5 ações, todas elas Edna tem algo para falar. Isso tornou o jogo um pouco longo e desgastante.

Entrei no looping 

Mesmo o jogo fornecendo inúmeras ações para cada objeto, eu deixei escapar algumas ações importantes e fiquei presa na história. Não houve outra alternativa a não ser começar o jogo de novo mas achei ótimo ter feito isso.

Iniciei um novo jogo já sabendo alguns passos que tinha que fazer. Foquei nos diálogos e cliquei em todas as opções que o jogo permitia e tive uma experiência totalmente diferente, muita coisa passou a fazer ainda mais sentido pela linearidade.

Encontrei o ponto que falhei e continuei alegremente por conseguir passar por onde estava estagnada, mas um looping aconteceu.

Imagine que existe um guarda em um corredor, eu chamo a atenção dele e o prendo no quarto e quando volto a passar no corredor – imaginando que a passagem estivesse SEM NINGUÉM – eis que o guarda que eu tinha acabado de prender no quarto estava lá novamente.

Sobretudo, tentei inúmeras vezes passar por este ponto e ainda não consegui, acredito que teria que começar novamente o jogo. Quando essas coisas acontecem eu fico me perguntando “onde será que estou errando?”.

Edna & Harvey valeu todo o trabalho?

Sim! A repaginada foi essencial para trazer o título para os consoles. Para as pessoas que já são amantes de jogos em estilo “point and click“, este jogo é uma ótima pedida. 

Acredito que ele ainda poderia ter trazido alguma melhoria na jogabilidade, e para o Nintendo Switch poderia ter utilizado a tela touch do console. 

Por fim, o diálogo dele é atemporal e possui muito sarcasmo. Como comentei anteriormente, os personagens são bem trabalhados e a história é muito bem feita. Vale a jogatina.

Esta review foi feita com uma cópia de Nintendo Switch cedida pelos produtores

Revisão: Samuel Leão e Jason Ming Hong

Edna & Harvey: The Breakout

7

Nota Final

7.0/10

Prós

  • Vozes dos personagens
  • Visual novo
  • Personagens bem trabalhados
  • Atemporal

Contras

  • Ações infinitas
  • Poderia usar Touch do Switch