A coletânea IREM Collection Vol. 2 foca no período em que a Irem começou a adaptar seus jogos para consoles. O Vol. 2 de IREM é bastante problemática, com jogos que evocam a série Metal Slug na minha cabeça, mas de forma inferior, graças a bugs, lags e uma sensação de que melhorias básicas foram ignoradas.
Desenvolvimento: KRITZELKRATZ 3000
Distribuição: ININ Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Arcade
Classificação: 12 anos (violência)
Português: Não
Plataformas: Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, PC
Duração: 8 horas (campanha)
Nostalgia Mal-Executada

A Irem Collection Vol. 1 oferece versões de arcade e console de Image Fight (NES, PC Engine, Famicom) e Image Fight II (exclusivo do PC Engine Super CD-ROM), além de duas versões de X Multiply. Enquanto isso parece interessante, as versões decepcionam. No quesito bônus, não há materiais extras como artes, informações históricas ou mesmo datas de lançamento. Apenas diferentes versões dos jogos tentam preencher essa lacuna, mas o resultado são ports bem ruins.
Em Image Fight, o desafio é o destaque. O shmup lateral é brutal, com inimigos em excesso que lançam mísseis teleguiados e projéteis que mudam de direção. Coisa básica de jogos run ‘n’ gun, mas esse parece pesar a mão no “desafio”. Power-ups ajudam, como orbes que ampliam seus disparos e adicionam proteção. Porém, você precisa de 90% de aproveitamento nas primeiras fases para evitar um estágio extra dificílimo.

Já Image Fight II, lançado em 1998, pouca diferença é vista, além dos gráficos e sprites dos personagens. O título é basicamente uma expansão do primeiro jogo, com novos estágios, áudio em Red Book e cutscenes não traduzidas. A adaptação para consoles horizontais deixa os sprites distorcidos, o que é um tanto quanto feio. Ah, e a lentidão ocasionada por inimigos na tela é tida a cada segundo.
O verdadeiro destaque aqui é X Multiply, um shmup horizontal que mistura ação e reflexos, com sua nave navegando por um corpo infectado enquanto luta contra parasitas alienígenas. Power-ups incluem tentáculos que podem ser controlados para oferecer ataque extra e proteção. Apesar de criativo e divertido. Apesar de um pouco básico considerando a modernidade, ainda é o título mais memorável da coletânea.
Uma Segunda Coletânea Fraca

A Irem Collection Vol. 2 continua a tendência de nostalgia mal-tratada. Para quem nunca jogou os títulos originais, eles lembram Metal Slug (na minha opinião), mas com limitações evidentes. A jogabilidade dos run ‘n’ guns sofre com movimentos restritos, armas menos interessantes e lags constantes conforme a tela enche de inimigos – um problema que era aceitável nos anos 80, mas não hoje.
A única surpresa positiva da Vol. 2 é um shmup cooperativo, que combina power-ups criativos e fases visualmente atrativas. Apesar disso, os dois games principais não prendem atenção. Mesmo com seu charme nostálgico, as falhas técnicas e falta de melhorias prejudicam a experiência.
O Vol. 2 continua sofrendo com problemas graves. O botão de rewind falha aleatoriamente, o mapeamento de botões é mal implementado, e disparos rápidos em Image Fight simplesmente não funcionam. Para quem busca uma experiência mais fluida, as versões da Hamster Corporation são uma opção muito superior.
Bugs e performance ruim
As duas coletâneas têm jogos com potencial, mas falham em trazer os games de maneira decente. O volume 1 perdia pontos pela ausência de extras e problemas técnicos. Já o Vol. 2 oferece pouco além de nostalgia com frustrações, com bugs e problemas técnicos do passado que não deveriam existir em 2024. Para fãs hardcore do gênero, pode valer a curiosidade. Mas se for pela nostalgia, é melhor esperar por versões corrigidas ou emular mesmo.
Cópia de Switch cedida pelos produtores