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Review Lonely Mountains: Downhill (Switch) – Morreu, mas passa bem

Nunca julgue algo pela sua aparência. Lonely Mountains: Downhill é um jogo simpático com gráficos low poly, que pode passar a impressão de ser simples e sem muito compromisso, mas aí é que você se engana.

Desenvolvimento: Megagon Games
Edição: Thunderful Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Simulador
Classificação indicativa:
 10 anos
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC, PS4, Xbox One e Switch
Duração: 5.5 horas (campanha)/ 38 horas (100%)

Aquele downhill

Simples, mas bem polido

A verdade é que a proposta por aqui é arcade, mas isso não dispensa qualquer fator replay ou estímulo para que você esteja jogando várias vezes a mesma fase sem enjoar.

Lonely Mountains: Downhill é um jogo de mountain bike, onde precisamos descer montanhas em sua bicicleta da maneira que achar melhor. São vários níveis de dificuldade que você pode usar em uma descida, e cada um deles apresenta desafios que, se cumpridos, liberam itens desbloqueáveis bem interessantes.

Personalizações aos montes

Entre estes itens estão peças para bicicleta, novos trajes, cores para sua bike, recompensas secretas, entre outros. Diria que as peças de bicicleta são as mais complicadas de se conseguir, já que os desafios são um pouco exigentes de se cumprir. Mesmo assim isso é bastante recompensador, e cada bike tem atributos diferentes – algumas até permite cair de belas alturas.

Durante seus trajetos existem alguns pontos de controle e, felizmente, o jogo salva o minuto e segundo em que você chegou naquele ponto em específico para continuar a partir dali, caso bata pelo caminho. Sendo assim, certos desafios que exigem finalização em um curto limite de tempo não ficam impossíveis de serem sucedidos caso você sofra muitos acidentes – ufa!

Aliás, uma das coisas mais bacanas do jogo é descobrir que você consegue cortar caminho se for por certos lugares das montanhas. Sério, eu me sentia completamente realizado quando descia a montanha me jogando de alturas não tão altas, mas o suficiente para que eu continuasse vivo e caísse em um local seguro fazendo o melhor tempo – gratificante!

Isso é downhill!

Tenha paciência

Aqui vai um aviso de alguém que quer o seu bem: cuidado com o rage quit. Não, não estou dizendo que o jogo é ruim, muito pelo contrário, ele é excelente. Mas, é fácil passar por sérios problemas se for alguém ansioso ou exigir muito de si.

Esse jogo realmente testa sua paciência caso você, assim como eu, seja o tipo de pessoa que gosta de liberar itens novos. No modo sobrevivência (não tem este nome, mas é basicamente isso) fiquei realmente furioso ao bater num simples obstáculo pelo caminho, tudo por causa de uma recompensa secreta que eu queria liberar. E sim, a culpa foi apenas minha.

Me dei bem

O maior desafio neste modo é conseguir chegar justamente no fim, já que ele remove todos os pontos de controle pelo caminho e você tem apenas uma chance. Confesso que meu coração acelerava cada vez que eu cometia algum erro tosco – só de pensar já lembro da sensação.

Além de tudo isso, ainda é possível entrar no placar online, então é comum você ver absurdos nas primeiras colocações de pessoas que tiveram milhares de acidentes e conseguiram um tempo recorde. Nisso aí nem me arrisquei, eu já estava fulo da vida.

Agonia!

Diversão adicional

Fora as 16 fases disponíveis para você descer a montanha como um maluco, temos também o modo noturno. Jogar à noite torna os cenários em algo semelhante aos “mundos invertidos” nos jogos do Mario.

Toda as fases apresentam desafios diferentes e novos desbloqueáveis, caso sejam encaradas no período noturno. Sabe o que isso significa? Que na prática temos 32 fases ao todo. São 4 montanhas disponíveis com ambientações completamente diferentes, e cada uma delas com 4 pistas e desafios diferentes.

Cenários inspiradores

Performance

A versão de Switch tem alguns leves problemas de performance, como objetos renderizando enquanto você anda pelo cenário. Nada absurdo ou que prejudique a experiência, mas são detalhes que podem ser corrigidos com uma atualização.

Em geral, o jogo roda de forma bem satisfatória no console da Nintendo, tanto no modo portátil quanto dock – apesar de no primeiro ficar com um aspecto meio borrado.

Várias fases

Um jogo bem mais completo do que parece

Lonely Mountains: Downhill parece simples até demais à primeira vista. Mas, durante a experiência proporcionada, é fácil de perceber o quanto ele tem a o oferecer ao jogador.

No meio desse mundo dos games onde existem vários títulos AAA que parecem ser sempre a mesma coisa, vemos que alguns jogos independentes surgem para mostrar o quanto são capazes mesmo com propostas bastante diretas ou orçamentos menores. Recomendadíssimo!

Este review foi feito com uma cópia para Switch cedida pelos produtores

Lonely Mountains: Downhill

10

Nota final

10.0/10

Prós

  • Divertidíssimo
  • Desafiador na medida certa
  • Desbloqueáveis aos montes
  • Fator replay

Contras

  • Performance no Switch