Paw Patrol: Adventure City Calls Capa

Review Paw Patrol: The Movie Adventure City Calls (Xbox One) – Uma pequena iteração

Seguindo nessa jornada em meio aos jogos infantis, dessa vez resolvi me aventurar no novo game da Patrulha Canina, inspirado em seu último longa metragem, originalmente chamado de Paw Patrol. Em meu último contato com a série, experienciei a versão de Switch que trazia superpoderes para os filhotes, e posso dizer que tive até momentos agradáveis no cooperativo e na jogabilidade do modo História. Porém, o quão diferente esse novo título consegue ser?

Desenvolvimento: Drakhar Studio
Distribuição: Outright Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Aventura, Ação
Classificação: Livre
Português: Dublagem e interface
Plataforma: Switch, Xbox One, PS4 e PC
Duração: 1.5 horas (campanha)

Já vi isso antes

Meh...

Sinceramente, tudo me parece bem familiar logo na abertura do menu, e não é pra menos. Paw Patrol: The Movie City Calls é bastante parecido com o último jogo da série, Paw Patrol: Mighty Pups Save Adventure Bay, seja em aspectos de interface do usuário ou jogabilidade. Tudo aquilo que fiz no último jogo, acaba se repetindo por aqui. A premissa é a mesma: coletar biscoitos durante as fases, resolver puzzles e seguir em frente. Fico honestamente em dúvida sobre o quanto de assets de Mighty Pups Save Adventure Bay foi reutilizado aqui.

A maior diferença, no mau sentido, é que as fases perderam e muito de sua verticalidade, dando lugar agora a um monte de locais estruturalmente parecidos e sem muita variedade. Além disso, a câmera quase sempre é a lateral, diferentemente do game anterior que trazia algo mais interativo que trocava de ângulos em vários momentos. A maioria dos cenários também são urbanos e raramente mostram algo inovador ou que demonstre vida – isso sem falar das texturas terríveis em alguns locais.

Em uma duração de apenas 1h30 para terminar a história, Paw Patrol: The Movie City Calls traz um looping de jogabilidade bastante enjoativo. Normalmente, é necessário passar pelos elementos de plataforma, resolver alguns puzzles que diferem de acordo com o filhote ativo – e repetem o tutorial toda santa vez que resolvemos o quebra-cabeça – para, depois, nos lançar em um minigame igualzinho ao Mighty Pups Save Adventure Bay: uma espécie de Subway Surfers bem mal projetado que exige com que coletamos biscoitos no asfalto, com o caminhão de bombeiro, ou em pleno ar, com um helicóptero.

Uma tentativa de variação

Outro minigame com mais tutoriais

Como não podia faltar, a Paw Patrol conta com seus integrantes, cada qual com seu equipamento para salvar o dia e mitigar situações perigosas. Skye pode controlar um drone e pegar objetos, por exemplo, já Rubble quebra pedras utilizando seu equipamento, enquanto Chase destrói troncos de árvores para liberar o caminho com seus machados, Rocky utiliza equipamentos que resolvem panes elétricas e assim por diante. 

Sei que produtos assim são criados visando o público mais jovem, porém, não existe a necessidade de parar a jogatina para explicar comandos simples e tutoriais diversos. Isso quebra completamente o ritmo. Paw Patrol: The Movie Adventure City Calls faz isso a todo instante. E isso não somente em minigames do enredo, mas também em comandos básicos como pulo e coleta de biscoitos ou escudos.

Pup Pup Boogie

Além da história, temos os joguinhos rápidos e os coletáveis que mostram modelos 3D no menu de Extras. Estes joguinhos vem em menor quantidade em relação ao título anterior, além de que a maioria é bem maçante e traz elementos como corrida contra o tempo e mais coletáveis. O único diferenciado e bacana é o Pup Boogie (que retornou), que simula um Dance Dance Revolution, porém, a nova versão acompanha somente uma música com ritmo repetitivo e um desafio bem menor do que o existente em Paw Patrol: Mighty Pups Save Adventure Bay. Uma pena.

Por fim, existem vários bugs que acompanham o lançamento de Paw Patrol, como texturas de baixíssima qualidade, personagens correndo no mesmo lugar em diálogos com Ryder, botões que não respondem, animações bizarras e afins. Em vários momentos, os filhotes também ficam com uma textura translúcida, a mesma usada para simbolizar quando estes estão passando atrás de algum objeto que fique na frente da visão do jogador. Porém, claramente um código errado fez com que o elemento fosse ativado em situações nada convencionais. Mas nada é tão comprometedor quanto o menu principal não responder, porque às vezes o cursor some e os comandos simplesmente não responde, exigindo reiniciar o game.

Passa longe, mas bem longe mesmo

Review Paw Patrol: The Movie Adventure City Calls é uma iteração bastante mínima em relação ao último jogo da franquia, e mesmo assim consegue ser extremamente inferior. Seu lançamento desastroso com uma quantidade grande de bugs deixa qualquer um que investiu seu dinheiro, para a diversão de seus pequenos, com um sentimento bastante negativo. Porém, a pior parte é que o jogo, por si só, é bem ruim.

O nível de qualidade aqui precisava ter sido revisto antes do lançamento, já que as fases repetem incessantemente a jogabilidade, duvidam da inteligência das crianças com tutoriais impostos a todo instante e uma variação praticamente inexistente. Não costumo ser exigente com jogos infantis, mas esse, definitivamente, é um dos piores que já joguei até hoje.

Cópia de Xbox One cedida pelos produtores

Paw Patrol: The Movie Adventure City Calls

2

Nota final

2.0/10

Prós

  • Gráficos bacanas

Contras

  • É igual Mighty Pups Save Adventure Bay, mas pior
  • Minigames maçantes
  • Jogabilidade enfadonha e repetitiva
  • Tutoriais chatíssimos
  • Bugs para dar e vender