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Skatebird (Switch) – E se Tony Hawk fosse um pássaro

Skatebird chega ao Switch, Xbox One e PC, com uma premissa bem bacana: pegar a jogabilidade de Tony Hawk e colocar pássaros no lugar dos skatistas. Infelizmente, apesar de ser uma boa ideia, a forma como ela foi aplicada dentro do game acaba deixando a desejar.

Desenvolvimento: Glass Bottom Games

Distribuição: Glass Bottom Games

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Esporte, Simulação

Classificação: 12 anos

Português: Não

Plataforma: Switch, PC, Xbox One

Duração: Sem Registros

Toninho é um pássaro agora

Skatebird adiciona Pássaros e Skates

Skatebird surge para responder uma dúvida que já deve ter aparecido na mente de todo fã do PlayStation 1: e se Tony Hawk fosse um gavião de verdade andando em uma prancha de skate? Ok, talvez ninguém tenha pensado nisso, mas com certeza a ideia de ver pássaros em mini-skates já deve ter passado pela cabeça de alguém.

Em Skatebird, o jogador assume o controle de um passarinho, – que pode ser customizado – que tem como objetivo ajudar o seu amigo humano. Para isso, o protagonista cumprirá diversas missões para seus semelhantes enquanto realiza manobras bem radicais.

Basicamente, Skatebird é um Tony Hawk’s Pro Skater com pássaros em vez de humanos, sendo bem similar ao quarto jogo da franquia de skate da Activision. Apesar da história quase inexistente, o game tem bastante humor e conta com boas referências, mas de não só a sua série inspiradora como também de outros games e a cultura pop em geral.

Bird’s Pro Skater

A jogabilidade é similar a Tony Hawk's Pro Skater

Fãs da franquia da Activision irão notar logo nos primeiros minutos de gameplay as similaridades com Tony Hawk’s Pro Skater. Skatebird utiliza um sistema similar ao apresentado em THPS 4, como o jogador explorando um cenário em busca de missões oferecidas por NPCs.

Porém, em Skatebird, apenas algumas missões ficam ativas por vez. O que acaba por ser algo chato em certas ocasiões, com os mapas sendo grandes e a movimentação do personagem não sendo muito boa, prolongando a experiência de uma forma não muito legal.

Aqui, um botão do controle serve para pular com a prancha, enquanto os outros três servem para fazer diferentes manobras. A única diferença é que existem poucas manobras se comparado ao jogo do Tony, já que não é possível realizar certas ações específicas. Por exemplo, a manobra revert não existe aqui, e em seu lugar é possível fazer com que o pássaro grite, o que serve para estender seus combos.

Algumas mecânicas são diferentes e acabam não agradando muito

A movimentação do skatista também funciona bem diferente. Em THPS, basta segurar o botão de pulo para que sua velocidade aumente. Já em Skatebird, além de precisar segurar o mesmo botão, a velocidade do pássaro também depende de uma barra extra chamada de ancy, que se enche a cada manobra bem feita e sempre que o jogador a realiza em uma rampa grande. uitas vezes ela ficará presa no início e com isso impedirá o progresso em certos desafios, que requer uma maior velocidade do personagem.Em outros casos, o jogador precisará perder um tempo enchendo-a antes de poder completar o seu objetivo. Por fim, sempre que o pássaro levar um tombo, esta barra se reseta, forçando o jogador a perder tempo preenchendo-a novamente.

Dito isso, os controles em Skatebird também são um pouco problemáticos. Tentar fazer mais de uma manobra seguida da outra, ou replicar o máximo que puder um dos combos de Tony Hawk Pro Skater, resulta em seu personagem ficando doido por alguns segundos, o que rende algumas quedas. Também sofri com algumas ações específicas, como virar o passarinho parado.

Alguns bugs podem acontecer

As missões em Skatebird variam bastante, com alguns objetivos sendo extremamente similares aos apresentados em THPS, como coletar letras. A maior parte das missões, entretanto, requer com que o jogador colete itens espalhados pelos mapas. Infelizmente, a hitbox é muito ruim e pode acabar fazendo com que você tenha que refazer alguns dos desafios.

Por fim, Skatebird permite que os jogadores utilizem um botão para fazer um respawn imediato. Isso é bastante útil em certas missões e para se recuperar de uma queda. Infelizmente, nem sempre o recurso irá ajudar, porque, em alguns objetivos, utilizar o respawn acaba colocando o jogador em certas situações complicadas.

Pássaros e seus belos sons

Algumas missões tem objetivos bem engraçados

Skatebird, visualmente falando, poderia ser melhor. Os cenários são bem simples e os modelos de personagens são básicos e não possuem muitas animações. Quando o jogador cai de sua prancha, o pássaro fica duro como uma pedra. As cenas também contam com interações bem simples, e com poucos movimentos dos personagens.

Cada ambiente é único, com cada um sendo áreas que seriam utilizadas por pássaros e pessoas na vida real. A parte mais legal é que muitos dos pontos e itens utilizados para manobras pelas aves são coisas do dia a dia, como caixa de pizza, cadeiras e cabos soltos.

Seguindo a base desenvolvida por Tony Hawk’s Pro Skater, a trilha sonora de Skatebird utiliza diversos gêneros musicais diferentes. As canções são totalmente originais e algumas requerem que o jogador encontre fitas secretas que habilitem-as. A parte mais legal é que alguns dos sons utilizam partes de documentários sobre pássaros, dando aquela aproximação maior à experiência. 

Skatebird possui também uma estranha câmera, que é possível notar principalmente na hora de fazer pulos ou subir nas rampas. Também é possível mover a câmera com o analógico direito, porém, só é possível realizar tal ação com o pássaro totalmente parado, e ela é bem “bugada” em certos pontos. 

Fica para a próxima, Toninho Gavião

Skatebird é um divertido jogo de skate com uma premissa muito legal. Infelizmente, o game é repleto de pequenos erros que acabam atrapalhando a diversão e fazem com que o jogador possa acabar se estressando ao tentar cumprir algum objetivo que seria simples. A ideia é boa e tem potencial para ser algo bacana no futuro, bastando com que os desenvolvedores consertem alguns erros e mudem algumas coisas para tornar tudo mais agradável.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Skatebird

6

Nota Final

6.0/10

Prós

  • Boa premissa
  • História tem bom humor
  • Efeitos sonoros são bons

Contras

  • Jogabilidade é dura e acaba por frustar a experiência
  • Poucas animações para o personagem
  • Alguns bugs e erros estão presentes e atrapalham a experiência