Sente falta de jogos como Guitar Hero? Então Super Crazy Rhythm Castle veio para matar essa sua saudade. O game publicado pela Konami traz uma experiência rítmica recheada de minigames, que pode ser algo positivo ou negativo, dependendo do ponto de vista.
Desenvolvimento: Second Impact Games
Distribuição: Konami
Jogadores: 1-4 (local e online)
Gênero: Ação, Puzzle, Multiplayer, Música, Party
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, Switch
Duração: 5 horas (campanha)/15 horas (100%)
Um jogo maluco de música
Super Crazy Rhythm Castle nos coloca na pele de personagens bastante diferentes e bizarros, os quais podemos escolher no menu antes de iniciar o jogo. Nossa missão é sair do castelo no qual estamos presos e encurralados por um rei também bem esquisito, que nos desafia a passar por salas de seu castelo até finalmente chegar na dele.
O ciclo de gameplay é bem simples e nos permite andar por aí desbravando as salas do local, cada qual com sua própria música. Os gêneros são bastante variados, indo desde um pop até um rock, j-pop, e até mesmo músicas de videogames publicados pela Konami – aí é onde entra a parte bacana da empresa ser a publisher do game. Os botões para tocar as músicas são os dois de ombro, enquanto um de face do lado direito faz o papel do terceiro. Existe um quarto botão, mas apenas para caso a dificuldade Pro seja selecionada.
Infelizmente, os botões não podem ser remapeados, então ficamos à mercê da configuração escolhida pelos devs. A única coisa que pode ser alterada é a cor dos botões e seus símbolos. Também é permitido jogar em até 4 pessoas, sendo que cada um pode optar pela dificuldade que preferir, o que cria mais faixas de música dentro do cenário.
A dor de cabeça vem aí
Aqui vem a parte bacana e, ao mesmo tempo, irritante: os minigames. Além da música, aqui é necessário se preocupar também com elementos do cenário que surgem para atrapalhar, e eles aparecem para bloquear sua visão e até mesmo prender seu personagem por alguns segundos. Nesses momentos se faz necessário usar itens adquiridos na exploração dos cenários, como uma gaita de fole que elimina vinhas.
Em outras canções, existe até mesmo uma simulação de um videogame rodando de fundo, enquanto tocamos a música em um tapete responsável por fazer o protagonista atacar o vilão. Caso o personagem esteja ficando debilitado, é preciso mudar de tapete musical e recuperar sua vida. Tudo isso acaba criando preocupações em excesso.
Ademais, também existem os modos versus, que consistem em duelos com minigames e música, corrida, entre outros joguinhos que exigem no mínimo duas pessoas.
Fora isso, há o modo demolição em alguns pontos do castelo, o qual se mostrou bastante irritante. Nele, é necessário utilizar equipamentos para liberar caminho e seguir até chegar ao final da fase. Porém, esses equipamentos são recarregáveis e precisam ser carregados posicionados num ponto específico enquanto tocamos a música do ambiente. Isso acaba sendo bem repetitivo e irritante, e pior é que você é lançado para o início do minigame caso não atinja a pontuação requerida – o que te faz perder cerca de uns 20 minutos investidos.
Entre bizarrices e músicas
Super Crazy Rhythm Castle tem tudo para ser um jogo musical bom, mas o que acaba sendo bom de verdade é a cabine telefônica onde podemos tocar as músicas liberadas sem maiores irritações. A proposta é bem bacana, mas os minigames acabam sendo estúpidos demais e tirando a gente do sério. O rei do castelo também é um tanto quanto sádico e bizarro, o que torna a ambientação em algo meio sombrio com um sentimento confuso. Por fim, é um jogo para pessoas que tem bastante paciência, mas que podia ter sido excelente se soubesse onde segurar as loucuras que tenta implementar.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Super Crazy Rhythm Castle
Prós
- Algumas músicas são bem legais
- Possibilidade de jogar com amigos
- Músicas de videogames famosos
Contras
- Piadas cansativas
- Gêneros musicais variados até demais
- Minigames irritantes
- Exploração repetitiva e sem graça
- Feedback visual nas músicas é bem ruim
