Aí vem um ótimo jogo que vai te lembrar muito da série Crash Bandicoot em alguns aspectos, mas com um diferencial. Trifox é um jogo de tiro dual-stick em 3ª pessoa baseado em fases, no qual você enfrentará diferentes hordas de inimigos, entrará em batalhas contra chefes e resolverá quebra-cabeças leves para avançar no cenário.
Desenvolvimento: Glowfish Interactive
Distribuição: Big Sugar
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Tiro, Aventura, Ação
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PS4, Xbox One, PC
Duração: 4.5 horas (campanha)/6.5 horas (100%)
Mundos e fases

Em Trifox, somos uma raposa 3D low-poly que tem a missão de recuperar sua TV, que foi roubada por um grupo de saqueadores. Terminada a primeira cutscene, nos encontramos numa espécie de zona Hub, na qual temos de selecionar o próximo mundo e sua respectiva. É aqui que começa a semelhança com Crash Bandicoot – mas com uma câmera bem diferente -, já que nos colocamos em cenários para percorrer, pegar itens colecionáveis, derrotar inimigos e enfrentar uma batalha de chefe no final de cada mundo (conjunto de fases).
Entre as fases, podemos comprar melhorias para o protagonista, que se dividem em três categorias diferentes com abordagens distintas: a primeira baseada em magia, através da qual obtemos habilidades como teletransporte e lançamento de magia usando uma varinha mágica; o segundo é focado em combate corpo-a-corpo, então teremos poderosos golpes de curto alcance para acabar com grupos de inimigos que te cercam eventualmente; e, finalmente, o último é uma combinação entre combate de longa distância e tático, pois temos armas como mísseis, minas terrestres explosivas e uma metralhadora.

Também é possível combinar todas essas três classes diferentes, criando um conjunto único de habilidades. Infelizmente, não podemos misturar muitas delas, o que é uma pena – e nem alternar entre elas dentro dos mundos. No entanto, eu recomendo que você teste todos eles e confirme por si mesmo qual é o mais adequado para você. A única desvantagem é que alguns ataques causam dano ao próprio personagem, o que achei uma ideia não muito boa.
Defeitos menores

No mais, as fases são um tanto quanto longas, levando até mesmo 1 hora para serem terminadas. Felizmente, existem pontos de salvamento no meio de todas elas. Mas, mesmo assim, é bastante tedioso ter que ir e voltar em alguns momentos, já que esse também é um fator que existe aqui: o backtracking (revisitação de locais).
No mais, também há os puzzles menores para serem resolvidos, que normalmente consistem em mecânicas básicas de plataforma, nas quais elevamos locais para pisarmos sobre ele e chegarmos a outros mais altos. Fora isso, também existem pedras que funcionam como chaves para ativação de portas, sendo que tudo isso se mostrou extremamente simplista de ser resolvido. No quesito plataforma 3D, Trifox é bem aquém. Existem momentos para usarmos o pulo para chegar até outro local, mas ele é mesmo mais presente em combates como uma forma de desviar de ataques.
O port para Switch obviamente nunca é a melhor escolha para todos os jogos multiplataforma, e isso não é diferente aqui. Trifox sofre de baixa resolução, especialmente no modo portátil, enquanto na TV as coisas melhoram um pouco mas não absurdamente. Mesmo assim, a taxa de quadros cai quando a tela fica muito ocupada, com muitos inimigos aparecendo em uma determinada área. Isso foi ainda pior durante as batalhas contra chefes, nas quais há uma combinação entre um chefe e vários inimigos diferentes, além dos elementos do cenário.
Ótimo jogo, apesar de ser repetitivo
Considerando tudo já dito, Trifox é um jogo bastante justo e divertido. Apesar de sua repetição e duração de fases bastante longas, o jogo sabe apresentar uma boa variedade, sem falar na quantidade de diferentes habilidades disponíveis. Este é definitivamente um ótimo jogo para você conferir, mesmo que a versão de Switch não seja a melhor ou a mais linda de todas, mas ainda assim é um bom título para carregar no seu console Nintendo por aí.
Cópia de Switch cedida pelos produtores