Capa de SoLA

Review Dead Island 2 – SoLA DLC (PC) – Batidas violentas

Após Haus, Dead Island 2 agora está recebendo SoLA, uma expansão narrativa que introduz uma área ocupada por um festival que acabou terrivelmente mal. Esse segundo pacote de conteúdo é tão agradável quanto o anterior, expandindo a aventura por Los Angeles com doze missões sensacionais.

Desenvolvimento: Deep Silver Dambuster Studios

Distribuição: Deep Silver 

Jogadores: 1 (local) e 1-3 (online)

Gênero: Terror, Tiro

Classificação: 18 anos

Português: Interface e legendas

Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S

Duração: 4 horas (campanha)/6 horas (100%)

Deu ruim no festival

SoLA, a área da expansão

Os eventos da expansão se desenrolam na metade da campanha, depois que o personagem principal descobre ser um nume, o tipo de pessoa imune ao fenômeno genético que está transformando a humanidade em zumbis. É preciso desviar o foco na trama para ir até um novo local investigar um outro fenômeno misterioso: o som. A batida dos palcos desse festival zumbificou 30 mil pessoas, tornando a região do SoLA em um caos. No meio de toda essa zona, é necessário embarcar em uma jornada sangrenta para salvar uma refugiada e evitar que ela se transforme em um desses monstros.

A narrativa apresentada pela DLC é um conteúdo secundário que não contribui tanto para a história em geral, apesar de explorar a respeito do lado genético do protagonista. A expansão promete desenvolver esse aspecto da trama, mas acaba não chegando a nenhum lugar interessante e se limitando a ser um mero filler, mas com um objetivo mais grandioso que sua própria premissa: matar zumbis.

Matar zumbis nunca é chato

Nova arma da DLC

Se o verdadeiro objetivo de Dead Island 2 permanece o mesmo do primeiro segundo da campanha até o final da jogatina, é de se esperar que eventualmente essa tarefa fique repetitiva e cansativa. Porém, as mecânicas de combate construídas pela Dambuster são tão incríveis e interativas a ponto do jogo nunca se tornar entediante. Naturalmente, a DLC consegue manter o alto nível da experiência, oferecendo tarefas ainda mais ridículas e escrachadas.

Além de ter que eliminar os zumbis, há missões em que é necessário moê-los com uma turbina gigantesca, resultando em momentos hilários – e, claro, totalmente sangrentos. A expansão também adiciona uma arma lançadora de serras no arsenal do protagonista, abrilhantando o sistema de desmembramento do game com ótimas possibilidades inéditas de combate.

Palco do festival da DLC

O enorme mapa do festival é mais aberto do que a casa vista nas missões da Haus, contando até com a presença de perseguidores e chefes novos, que são muito difíceis de derrotar. A experiência é revigorada com sucesso, ainda sob a mesma proposta básica que define tudo que é proporcionado por Dead Island 2.

Nem tudo é perfeito

Novo oponente de Dead Island 2

Apesar da gameplay ser incrível, existem algumas falhas que podem afetar um pouco a experiência. A ausência de checkpoints no decorrer de algumas lutas contra chefes é bastante frustrante, já que elas sempre possuem múltiplas fases. Se morrer durante esses confrontos, é necessário retornar para o começo dessas longas batalhas, sem a possibilidade de pular as cutscenes que as antecedem.

Essas cenas são apresentadas em terceira pessoa, ao contrário de todas as outras cutscenes de Dead Island 2. A alteração funciona em partes, pois o jogo de câmeras realça melhor o cenário e a escala das ameaças que precisam ser enfrentadas. No entanto, as animações, principalmente dos personagens principais, são quase completamente estáticas e destoam do resto do conjunto da obra. No fim das contas, essa mudança foi desnecessária, porque as cenas em primeira pessoa já funcionavam perfeitamente, com a imersão ideal para esses momentos do game.

Um jogo imperdível

Mesmo com a existência de alguns contratempos na campanha principal e as expansões, Dead Island 2 está em um estado espetacular. Todo o material prometido pelos desenvolvedores foi entregue com maestria, e agora é a hora de prestigiar um dos melhores jogos de 2023.

A propósito, é surreal que Dead Island 2 seja tão bom, considerando tudo que aconteceu nesses dez anos que se passaram entre o anúncio original, as várias mudanças de estúdio e o lançamento. O pessoal da Dambuster acertou em quase tudo que se propôs a fazer, e esse ciclo finalmente foi encerrado com essa fantástica DLC. O que nos resta é torcer para que eles não demorem mais dez anos para produzir uma sequência a essa aventura indispensável para todos que gostam de estraçalhar zumbis.

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Dead Island 2 - SoLA DLC

9

Nota Final

9.0/10

Prós

  • História engraçada
  • Missões divertidas
  • Novas possibilidades de combate

Contras

  • Cutscenes diferentes não funcionaram tão bem
  • Ausência de checkpoints em batalhas contra chefes