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Review One Piece Odyssey Deluxe Edition (Switch) – A tripulação desembarca no Switch

One Piece Odyssey Deluxe Edition traz para o Switch a versão completa do RPG lançado no ano passado, incluindo todo o conteúdo adicional.

Desenvolvimento: ILCA
Distribuição: Bandai Namco
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Legendas
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox Series X|S
Duração: 33,5 horas (campanha)/58,5 horas (100%)

Experiencie os momentos memoráveis da série de nova forma

No entanto, você fica impedido de fazer algumas ações nesses momentos, como abrir o menu
Os personagens tem alguns diálogos enquanto você explora o mapa

A história de One Piece Odyssey começa com a tripulação naufragando em uma ilha desconhecida. Pouco tempo após explorar o local, uma personagem misteriosa retira os poderes dos personagens e os espalha em cubos ao longo da ilha. Assim, a trupe parte atrás desses cubos, que mecanicamente servem para aprimorar determinadas habilidades. Porém, alguns cubos com mais poder (“Memoria”) exigem que os personagens revivam desafios que passaram no passado para destravar seu poder.

Logo vemos que a premissa é um pretexto para reviver diversos momentos ao longo da enorme série, para o deleite ou decepção dos fãs – afinal, quem esperava uma história totalmente original pode se decepcionar. One Piece Odyssey é desenvolvido pela ILCA, empresa japonesa conhecida recentemente por Sand Land e que estreou em grandes títulos com o desenvolvimento dos remakes Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl.

Cumprindo os requisitos para ser um RPG

Mas, no geral, o jogo ainda roda fluidamente
Os gráficos sofreram na conversão para Switch, o que fica ainda mais claro no modo portátil

A essência da gameplay de One Piece Odyssey é a de um RPG bastante básico, ainda mais para a atualidade. Você explora a ilha e os demais locais controlando Luffy ou algum dos outros personagens, conversa com NPCs, aceita e cumpre missões, encontra baús, compra itens e veste equipamentos, etc. Não há nada realmente inovador aqui, mas o que tem, em geral, é bem feito, com inúmeras referências à série em que o jogo é baseado.

Uma coisa legal é que você pode trocar o personagem com o qual explora o mapa, cada um tendo diferentes formas de interagir com o mundo ao redor. Porém, a maioria dos cenários é feita para que sejam explorados utilizando o protagonista Luffy, incluindo áreas acessíveis somente por ele e que são necessárias para progredir na história. Assim, a liberdade de explorar o mundo com o seu personagem favorito pode acabar se tornando uma frustração, pois você vai ter que logo voltar ao protagonista. Ao contrário do que é comum na grande maioria dos RPGs, você já começa a aventura com uma party grande, com oito personagens.

Sistema de batalha simplório

Alguns personagens possuem alguns detalhes nas habilidades, os tornando mais únicos
Cada personagem possui diversas habilidades inspiradas na série

Porém, por vezes é difícil se empolgar com o game, principalmente para quem não é familiarizado com o mangá (ou o anime, ou a série…). É muito comum você assistir cenas e diálogos para então retomar o controle do personagem. Assim que se movimenta um pouco, o jogo novamente congela o controle após alguns segundos para apresentar mais cenas. Isso é bastante frequente especialmente no começo do jogo, quebrando bastante o ritmo e podendo frustrar o jogador.

O combate de One Piece Odyssey é por turnos e conta com uma mecânica de distância no campo de luta. Os inimigos podem estar perto ou longe de cada um dos seus quatro personagens. Assim, alguns golpes especiais funcionam apenas contra inimigos perto ou longe, e golpes que atacam em área funcionam apenas contra inimigos que estão em um mesmo local. Fora isso, que não é nenhuma mecânica muito divertida, temos um sistema bastante básico. Há quatro ações principais: ataque, ataques especiais (como magias, que usam MP), uso de itens e ataques em grupo. Cada um dos personagens tem pontos fortes e fracos, assim estimulando o uso de todos.

Muito relevante para fãs da série, nem tanto para quem não for

Cidades são bastante vivas, com missões e personagens para se conversar
Há diversas localidades clássicas da série para se explorar

Há no jogo um típico sistema “triângulo”, ou pedra-papel-tesoura, em que cada personagem ou inimigo é de um determinado tipo, que é mais forte contra outro e mais fraco contra o terceiro. Em conjunto com os diferentes tipos de habilidades de cada personagem, o game incentiva bastante o uso de toda a sua equipe, ainda mais que todos ganham experiência após as batalhas, estando ou não ativos em cada combate. É possível trocar os personagens da equipe no meio do combate sem nenhum custo, sem sequer perder o turno daqueles personagens. Isso colabora para que as coisas se tornem fáceis demais, tirando um pouco de desafio e necessidade de pensar estrategicamente, que é a graça de tantos sistemas de batalha de RPGs.

Para o Switch, foi lançada logo a versão completa do game, que contém roupas extras e o cenário Reunião de Memórias, um DLC disponível após a conclusão da campanha principal. Naturalmente, sendo um game desenvolvido inicialmente para os consoles de maior potência no mercado, o título chega ao Switch com visuais inferiores em comparação com as outras versões. Mas a adaptação para o híbrido da Nintendo foi bem feita, apresentando gráficos bonitos na maior parte do tempo. A ressalva fica para alguns momentos no modo portátil, onde os serrilhados nos personagens realmente se destacam, tornando a experiência um pouco feia. Mas no geral, é um port competente, com todo o conteúdo do lançamento original.

O mesmo jogo já conhecido, agora no Switch

One Piece Odyssey chega ao Switch um ano após o lançamento original, trazendo essencialmente o mesmo game para o console da Nintendo. Nada aqui vai mudar a ideia de quem já conhecia o jogo, ficando a possibilidade para os fãs da série que ainda não tiveram a oportunidade de jogar curtirem a aventura no console da Nintendo.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

One Piece Odyssey Deluxe Edition

6.5

Nota final

6.5/10

Prós

  • Muito conteúdo para fãs da série
  • Port competente para o Switch

Contras

  • Sistema de batalha bastante básico
  • Ritmo ruim
  • Talvez não cative quem não seja fã da série