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Review The House of the Dead Remake (Switch) – Terror dos fliperamas para a palma de sua mão

The House of the Dead Remake é uma nova versão do clássico jogo de tiro dos arcades. Produzido especialmente para o Nintendo Switch, o jogo traz o original para a era moderna, oferecendo novos visuais e algumas pequenas melhorias.

Desenvolvimento: MegaPixel Studio

Distribuição: Forever Entertainment

Jogadores: 1-2 (local)

Gênero: Ação

Classificação: Livre

Português: Não

Plataformas: Switch

Duração: 1 hora (campanha)

A casa do terror está de volta

The House of The Dead Remake retorna com novos visuais

The House of the Dead é um dos maiores clássicos dos arcades quando o assunto são os famigerados jogos com Light Gun – as armas que permitem mirar na tela. O título, junto com o primeiro Resident Evil, também é considerado um dos responsáveis por popularizar os zumbis no mundo dos games.

Dito isso, já faz um tempo que a Sega não lança um jogo novo da série nos consoles. Por isso, não é de se estranhar que o estúdio responsável pelo remake seja a MegaPixel Studio, uma companhia que não possui ligação nenhuma com a gigante japonesa.

Esta é uma nova forma de aproveitar a história do clássico dos arcades

Tendo sido lançado originalmente em 1996, o primeiro título da série introduz os agentes Thomas Rogan e G. A dupla invade a mansão do cientista Dr.Curien, que, em sua busca pelo domínio sobre a morte, acaba criando criaturas que ameaçam a humanidade.

A história é direta e não causa impacto nenhum, pois o foco é a jogabilidade. A narrativa só está lá para explicar em poucos detalhes o motivo dos jogadores estarem atirando em zumbis e outras criaturas malignas. Apesar disso, o game oferece múltiplos finais diferentes que podem ser conseguidos ao eliminar o chefe final com pontuação específica, sendo este um dos incentivos para jogá-lo mais de uma vez.

Tudo isso acaba sendo uma pena, pois, por se tratar de um remake que visa atualizar o clássico, a MegaPixel Studio poderia ter adicionado mais conteúdo narrativo. A extensão da história, e por via dela mais níveis, seria algo bem recebido aqui. The House of the Dead Remake é curto e pode ser finalizado rapidamente.

Dando tiro em zumbi safado

A jogabilidade continua tão simples como era no original

A jogabilidade de The House of Dead Remake é muito simples. Temos aqui um shooter on-rails, com o personagem movendo sozinho enquanto devemos mirar a arma e atirar nos inimigos. A mira pode ser controlada utilizando os analógicos dos Joy-con ou pelo sensor de movimento embutido nos controles da Nintendo. Esta última opção pode ser ativada com o pressionar de um botão, mas, caso deseje desligá-la, será necessário pausar o game e desativá-la no menu de opções.

O botão A/ZR serve para atirar enquanto o B/ZL funciona para recarregar a arma. Para ajudar os mais novatos, é possível ativar uma opção de recarga instantânea, facilitando bastante para aqueles que estão acostumados com títulos do gênero mais recentes. Existe também um auxílio de mira que visa ajudar quem sente dificuldade.

The House of the Dead Remake oferece dois modos diferentes: clássico e horda. No primeiro, temos a experiência tradicional mais próxima do arcade. Já o segundo, adiciona um número maior de inimigos presentes na tela. Ambos possuem escolhas de dificuldade e sistemas de pontuações que podem ser customizados.

Apesar da curta campanha, o game oferece caminhos alternativos

O game é dividido em quatro capítulos, todos possuindo um chefe ao final que precisa ser derrotado para avançar na aventura. Também é possível resgatar cientistas para receber bônus de vida. Por fim, os três primeiros estágios oferecem caminhos alternativos que podem ser acessados ao eliminar algum inimigo em específico ou destruindo alguma coisa no cenário.

Jogadores começam com três vidas e cada ataque inimigo remove uma. Ao perder todas, é necessário gastar uma “ficha” para continuar. The House of the Dead Remake oferece 10 continues, podendo adquirir mais ao se pagar 500 pontos. Se o número de fichas acabar, um game over acontecerá e será necessário recomeçar a jornada.

The House of the Dead Remake oferece opção local para até dois jogadores, tanto em cooperativo quanto competitivo. Jogador um controla Thomas, enquanto G fica a cargo do segundo player, sendo impossível alterar a opção de agente. Infelizmente, não é possível aproveitar a jogatina online.

Os zumbis mais feios que você vai encontrar no Switch

Os visuais são uma das partes negativas desse remake

Para a produção do remake de The House of Dead, a MegaPixel Studio escolheu refazer o título na Unity. A nova versão do clássico de arcade está mais bonita do que o original, mas deixa a desejar bastante se comparado a outros jogos presentes no Nintendo Switch.

The House of the Dead Remake é um jogo feio. Os modelos dos personagens, apesar de bem feitos, são bem básicos e não possuem muitos detalhes. O game oferece a opção de jogá-lo em modo de performance com 60 fps, o que elimina completamente a iluminação e sombras presentes na aventura, mostrando ainda mais sua feiura.

Também foi notado problemas com certas texturas que aparecem de repente na tela, além de clipping em certos modelos. Por fim, certos efeitos visuais, como água e sangue, estão um pouco mal feitos 

Remake de altos e baixos

The House of the Dead Remake possui seus altos e baixos

The House of Dead Remake possui seus altos e baixos. Ele foi refeito para uma nova engine, mas toda a sua base antiga foi mantida, incluindo sua narrativa, jogabilidade e efeitos sonoros. Alguns pontos extras foram adicionados pela MegaPixel Studio, como um modo fotografia, armas extras e um museu onde é possível encontrar detalhes sobre os inimigos que enfrentamos na aventura.

O estúdio também quis recriar a mesma sensação brega que o original possuía. A dublagem foi refeita, mas continua sendo parecida com um trabalho de dublagem realizado nos anos 90. A música também foi remixada e as melodias se adequam muito bem.

Infelizmente, muitas coisas ficaram de fora e suas adições poderiam ajudar o título. The House of the Dead Remake é curto e modos extras podiam ajudar a aumentar sua duração. A mira utilizando o sensor de movimento também foi muito mal trabalhada e mais atrapalha do que ajuda em certos momentos. Os gráficos podiam ser melhores, assim como algumas animações.

Um remake que ficou em falta

Assim como uma das muitas criaturas que enfrentamos na aventura, The House of The Dead Remake é um cadáver de algo que já foi vivo um dia. Apesar da MegaPixel Studio ter uma boa vontade em reviver a série, sua primeira tentativa poderia ter sido melhor. Certos momentos fazem com que o título pareça mais ser um remaster do que um remake em si.

Faltou também a vontade de querer melhorar o original ainda mais. Senti falta da adição de modos extras e quem sabe a inclusão do segundo jogo, que está recebendo o mesmo tratamento pela empresa, e seriam ótimas inclusões que fariam valer a pena o investimento em The House of the Dead Remake.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

The House of the Dead Remake

6.5

Nota Final

6.5/10

Prós

  • Clássico game da Sega com novos visuais
  • Muitas opções de customização
  • Jogabilidade continua divertida e simples

Contras

  • Visuais podiam ser melhores
  • Sensor de movimento tem problemas
  • Clipping e outros problemas visuais
  • Sem multiplayer online