The Pinball Wizard é um título recente (2022) da Frosty Pop que possui características únicas em sua arte gráfica e é bastante casual (fazendo jus ao nome desse querido site). Ele aposta alto no fator replay e, ao mesmo tempo, na sua originalidade, mas será que vai longe na capacidade de satisfazer? Descubra a seguir, a partir do que achei sobre esse pequeno e divertido arcade.
Desenvolvimento: Frosty Pop
Distribuição: Frosty Pop
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Arcade
Classificação: Livre
Português: Interface e Legendas
Plataformas: Android, iOS, PC, Switch
Duração: 1.5 horas (campanha)/4 horas (100%)
Masmorras quicáveis
Imagine um pinball em que seus cenários são masmorras medievais, com criaturas fantásticas e objetos rústicos onde a bolinha principal pode bater e quicar pontuando. O que é a bolinha? É um pequeno mago com um chapéu verde e com uma série de magias úteis para sua jornada em busca de uma jóia preciosa.
Essa é a premissa de The Pinball Wizard – e é muito simples. No Switch, basta clicar nos “gatilhos” ZL e ZR para movimentar as hastes de madeira que jogarão o mago protagonista dessa rápida aventura. Isso o fará pontuar em barris de madeira, mesas ou tochas que abrirão portas para outras áreas, além de acertar seus inimigos.
Graças a um criativo sistema de experiência, ouro, vida e stamina, também é possível coletar cada um desses valores também. Seja em objetos pelos andares das masmorras em que você avançará, e também da mesma forma que se poderá perdê-los na batalha “quicante” contra perigosos adversários desses espaços.
Seu objetivo é subir cada vez mais nessa torre, que é repleta de masmorras com dificuldade escalável. Sua missão é derrotar as criaturas que nela vivem para recuperar sua jóia mágica e preciosa que está no último andar. Para isso, será preciso repetir alguns desses níveis por diversas vezes em busca da progressão.
Casualidade reinando
Embora seja muito divertido e casual, perfeito para aqueles momentos mais vagos de paz e descanso (ou de dores de barriga), The Pinball Wizard acaba falhando justamente numa das suas propostas principais: a repetição proposital.
Ao chegar em determinadas fases, o protagonista se encontra muito fraco, perdendo muita barra de vida para inimigos ou por cair no poço entre as duas barrinhas, o ápice do azar de um pinball que se preze. Além de ter de contar com a sorte muitas vezes, o grind é inevitável hora ou outra, portanto. E o problema é que essa repetição não é tão satisfatória quanto deveria ser. Isso se deve a N motivos:
Alguns níveis ocultam as hastes de rebate do mago pelos próprios elementos dos cenários, além de algumas partes mal posicionadas pelos cenários, às vezes; há sempre a mesma coloração escurecida e sprites; há uma semelhança muito grande de um formato para outro de cada nível; e há pouquíssima variedade de inimigos. Em contrapartida, as diversas habilidades desbloqueáveis em troca de ouro, acumulado por fase, dão um impacto real à jogabilidade e facilitam o avanço, deixando a progressão mais tranquila.

Há muita casualidade aí e é evidente que a aposta no fator replay é altíssima, sendo natural o pouco esmero que o jogo ganhou até agora. Entretanto, ele se justifica muito por se apropriar de partidas muito rápidas e por estar disponível em dispositivos móveis (iOS e Android) e no Switch, um console portátil. E, com isso, é extremamente enxuto e contido em suas próprias propostas, uma pequena pílula de diversão diária que logo será descartada, e só. Não precisa mais do que isso.
Jogue no seu descanso
A diversão em The Pinball Wizard é a regra. Se jogar um maguinho em um espaço limitado de arena, cheio de inimigos, armadilhas e objetos que recompensam com pontuações não te satisfazem, talvez esse jogo não seja para você. Mas há aquela pitada de originalidade nele que faz valer a pena qualquer curiosidade.
O fator replay e o fato de fazer a pessoa jogadora ter que contar com a sorte muitas vezes fazem o jogo perder o pouco brilho que tem, inclusive, o que não deixa de ser um game design pouco ou mal aproveitado. Sua repetição, ao invés de trazer uma satisfação prolongada, deixa o título enjoativo muito rapidamente. Mas ele cumpre com seu propósito, visto que se trata de um jogo bem casual (sim, perfeito para se jogar no banheiro!).
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Ailton Bueno