Into the Dead: Our Darkest Days é um jogo de sobrevivência ambientado nos Estados Unidos dos anos 80, assolado por uma infestação zumbi. Com gráficos impressionantes e uma jogabilidade desafiadora e viciante, o título já se mostra extremamente promissor apesar de ainda estar em seu período de acesso antecipado.
Desenvolvimento: PikPok
Distribuição: PikPok, Boltray Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Terror, Sobrevivência
Classificação: 16 anos (violência extrema, linguagem imprópria)
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC
Duração: 8 horas (campanha)
Um survival promissor

Em Into the Dead: Our Darkest Days, temos um jogo de sobrevivência bastante competente e completo, especialmente para um título em acesso antecipado. O jogador começa escolhendo uma dupla de sobreviventes e, a partir daí, precisa resistir em uma cidade infestada por zumbis.
A sobrevivência exige saque em pontos próximos do mapa, gestão da base e atenção constante ao nível de fadiga, fome e moral dos personagens. A morte é permanente, o que traz um peso real às decisões e torna a jogabilidade ainda mais intensa.
Durante a campanha, é possível melhorar a base para produzir alimentos, armas, medicamentos e outros recursos essenciais. Também encontramos novos sobreviventes ao longo do caminho – cada um com habilidades e limitações únicas, o que exige estratégia na formação do grupo.

A escolha por uma jogabilidade em 2.5D confere charme e originalidade ao jogo, distanciando-o de muitos outros survivals, que geralmente optam por câmeras em primeira pessoa ou visão isométrica.
Além disso, a movimentação e os combates seguem um ritmo mais realista, sendo mais truncados e desafiadores. Essa dificuldade, no entanto, instiga o jogador a se aprofundar no gameplay, aprendendo suas mecânicas e explorando ao máximo o cenário.
Como é comum em jogos em acesso antecipado, há pequenos bugs, como marcações incorretas de áreas com suprimentos ou a ausência de atalhos para troca rápida de armas, mas nada que prejudique gravemente a experiência. Com base nas atualizações prometidas pelos desenvolvedores, Into the Dead: Our Darkest Days tem potencial para se tornar um dos melhores títulos do gênero na atualidade.
Apostando no realismo

No aspecto visual, Into the Dead impressiona. Mesmo com a proposta em 2.5D, há riqueza de detalhes em cada ambiente, desde prateleiras até porta-retratos nas paredes. A direção de arte aposta no realismo, e acerta em cheio.
Apesar de não trazer uma estética inédita, a ambientação oitentista é muito bem representada. Os cenários urbanos decadentes, objetos espalhados e pequenos detalhes transmitem com precisão a atmosfera de colapso.
O design dos personagens também é sólido, inspirando-se em arquétipos típicos dos filmes da década de 80 sem cair em clichês. Tudo foi feito com cuidado para manter a imersão e o tom mais sério e realista da proposta.
Nossos dias mais sombrios

Como é comum no gênero, Into the Dead: Our Darkest Days não conta com uma narrativa fixa ou linear. O foco está na sobrevivência, mas há nuances de história que surgem a partir das escolhas do jogador – como a rota para escapar da cidade, ou os perfis dos sobreviventes encontrados, por exemplo.
Cada dupla inicial vem com um pequeno histórico e traços de personalidade que afetam diretamente a experiência de jogo. Isso adiciona profundidade à narrativa emergente, tornando as jornadas pessoais mais relevantes do que um enredo tradicional.
Uma sonoridade inquietante

A trilha sonora é sutil e propositalmente discreta; em vez disso, o jogo aposta fortemente nos efeitos sonoros para intensificar a tensão. Sons ambientes, por exemplo, alertam sobre a presença de inimigos ou sinalizam ações que chamam atenção. Como resultado, o jogador precisa manter-se em constante estado de alerta.
Essa ambientação sonora contribui significativamente para a imersão, criando momentos de puro suspense que elevam a adrenalina.
Into The Dead: Our Darkest Days: Um jogo para ficar de olho
Diante do que já foi apresentado até o momento, e considerando também as atualizações promissoras recentemente anunciadas, Into the Dead: Our Darkest Days tem tudo para se consolidar como um dos grandes nomes do gênero survival. Portanto, se você é fã de jogos desafiadores e com uma atmosfera envolvente, definitivamente vale a pena acompanhar esse título de perto
Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro